O Benfica é a única equipa ainda invicta na Liga BPI. Este domingo, as Inspiradoras venceram o SC Braga - ainda estava também invicto - por 3-1 e isolaram-se mais ainda no comando da tabela classificativa.

Embora a primeira grande oportunidade de golo tenha pertencido às Gverreiras do Minho, num cabeceamento de Ellie Walker que passou muito perto do poste, a etapa inaugural foi dominada de fio a pavio pela equipa da casa. As campeãs nacionais estiveram muito fortes na reação à perda da bola e não deixaram as visitantes sequer respirar com posse.

Perante as muitas dificuldades bracarenses para ter bola, o Benfica instalou-se por completo no meio-campo ofensivo e produziu muitas e boas ocasiões de golo. Cristina Martín-Prieto respondeu de imediato com uma bola no poste e Patrícia Morais foi a jogadora em maior destaque durante a primeira meia hora.

A internacional portuguesa somou várias intervenções que tiveram tanto de difíceis quanto de importantes para o SC Braga, mas acabou apenas por adiar o inevitável. Perante a muita apatia arsenalista e alguma descoordenação em termos defensivos, o Benfica chegou, com naturalidade, à vantagem. Cristina Martín-Prieto, à boca da baliza, emendou uma bola de Chandra Davidson devolvida pela trave - terceira bola nos ferros - e abriu o ativo (31').

As dificuldades bracarenses continuaram a existir e o Benfica continuou também a ter facilidade para encontrar os espaços, muitas das vezes pelo flanco esquerdo e com Beatriz Cameirão - a melhor em campo para o zerozero - e Marit Lund em grande destaque. O pé esquerdo da norueguesa foi, inclusive, a fonte para o 2-0, num cruzamento que Patrícia Morais não conseguiu sacudir para fora e Chandra Davidson aproveitou (40').

Reação bracarense veio tarde

No reatar da partida, a toada manteve-se e o Benfica continuou a ser a equipa autoritária que foi durante os primeiros 45 minutos. As más notícias para o SC Braga prolongaram-se com a lesão de Manjou Wilde (55') e com o terceiro golo, que surgiu três minutos depois num desvio infeliz de Sissi para a própria baliza.

Sissi foi também a responsável por dar um sinal de vida das bracarenses, num remate de longe que obrigou Lena Pauels a uma grande defesa. A partir da hora de jogo, as visitantes mudaram a postura, assumiram maiores riscos e começaram a incomodar mais a baliza da guarda-redes alemã, inicialmente mais em lances de bola parada e sempre com Ellie Walker a ser o alvo dos cruzamentos.

Com as alterações operadas por Miguel Santos, sobretudo a entrada de Malu Schmidt, o SC Braga tornou-se mais ameaçador e o golo apareceu, aos 85', numa grande penalidade descortinada pelo vídeo-árbitro (VAR) e que Sissi converteu. O golo galvanizou as minhotas, que só não se colocaram à distância mínima porque Lena Pauels voou para uma grande defesa, a remate de Malu Schmidt.

A reação foi tardia, mas o SC Braga deixou uma imagem mais positiva do que aquela que deu na primeira parte com os últimos 20 minutos. A vitória encarnada é, contudo, incontestável e peca até por escassa, tendo em conta a quantidade e qualidade das oportunidades de golo criadas pelas benfiquistas. Na tabela classificativa, o Benfica soma agora 33 pontos, mais cinco do que o Sporting, que é agora o segundo classificado. O SC Braga cai para terceiro com 26 pontos.