
O Nacional trabalhou toda a semana à porta fechada, preparando a visita ao reduto do Rio Ave (domingo, 15h30). Os alvinegros querem esquecer a derrota caseira sofrida frente ao Gil Vicente e apresentar-se com ambição de vencer um conjunto vilacondense que será diferente do ano passado e em relação ao qual há "pouca informação".
"Sobre o Rio Ave temos de facto pouca informação, o treinador é novo e sabemos os padrões que utilizava na equipa anterior. Conhecemos bem os jogadores, pois muitos deles transitam da época anterior. Pensamos que vão jogar um futebol positivo na procura da vitória, pois jogam em casa perante os seus adeptos", afirmou o técnico Tiago Margarido no lançamento da partida deste domingo.
Apesar de tudo, o encontro que os homens de Vila do Conde realizaram frente ao AlNassr deu para conhecer alguma coisa: "O Al Nassr teve mais bola, mais iniciativa ofensiva. Deu para conhecer bem os princípios defensivos do Rio Ave, mas com bola não deu tanto, mas é óbvio que deu para retirar alguma informação".
Importante no entender do treinador alvinegro foi a forma como decorreu a semana de trabalho com os seus pupilos. "Uma semana de trabalho que correu bastante bem, pois o grupo percebeu os erros cometidos no último jogo e está com muita vontade de dar a volta. Trabalharam muito focados e estiveram muito unidos. As minhas sensações desta semana são muito positivas, o que nos leva enquanto equipa técnica a ter a máxima confiança naquilo que será o nosso desempenho no próximo jogo", revelou.
Nourani não recuperou
Tendo em conta o futebol produzido na estreia na Liga Betclic, Margarido admitiu que "vai haver alterações" no onze que defrontou os gilistas, até porque, agora, há mais opções para poderem ir a jogo: "O Lucas João está em dúvida, o Nourani não vai a jogo. Conseguimos recuperar o Pablo Ruan, o Zé Vítor, o Laabidi, por isso temos outro tipo de soluções para poder encarar o próximo jogo e como treinador estou satisfeito, pois fico com um leque maior de opções e que me permitem decidir em função do que acontece no jogo".
Sobre possíveis alterações que se possam registar no seu plantel até ao fecho do mercado, o treinador, de 36 anos, não abriu o jogo: "Não tendo certezas em relação ao que vou dizer, pela minha experiência poderá haver ajustes, isso concerne obviamente entradas e saídas, mas estou a falar sem ter uma base de fundamento".
Construir uma equipa forte
Com 17 reforços garantidos e ainda a aguardar a chegada de um 'número 10', Tiago Margarido admite que não é fácil entrosar o grupo de trabalho, tal como aconteceu nos anos anteriores, embora acredite que as coisas vão melhorar. "Logicamente que é complicado entrosar tanta gente nova, pois são culturas diferentes, maneiras de ver o jogo diferentes e temos que os imbuir naquilo é a nossa filosofia e o nosso espírito. Temos também que lhes fazer ver o que pretendemos para o jogo. Logicamente que é difícil, mas faz parte, pois estamos num momento de reconstrução da nossa equipa, tal como no ano passado, mas com o tempo vamos conseguir construir uma equipa forte.
Com mais uma estreia negativa perante os seus adeptos, o líder do Nacional não concorda que possa ser mais fácil jogar fora da Choupana. "Considero que é mais fácil jogarmos em casa, pois temos os nossos adeptos e somos mais fortes, com a força que vem das bancadas para nos levar às vitórias. Fora penso que não teremos vantagem, mas conto que sejamos bastante competitivos e vamos sempre entrar para vencer", finalizou.
O Nacional viaja amanhã de manhã para o Porto, efetuando o derradeiro treino em Penafiel, local onde irá permanecer até á hora de partida para Vila do Conde, no domingo.