
Tudo igual na disputa pelo título nacional de futsal: o Benfica havia arrancado a decisão com uma vitória fora de portas, mas o Sporting não perdeu tempo em retribuir a gentileza assim que teve oportunidade: a jogar em casa do rival, o leão mostrou personalidade e, com maior consistência e eficácia, reequilibrou as contas com um triunfo por 3-1.
O início do jogo até foi favorável à equipa da casa, que precisou de apenas três minutos para se colocar em vantagem, tirando proveito de um erro direto de Alex Merlim que, quando os leões procuravam construir a partir de trás, colocou a bola em zona central, onde estava Jacaré, que não recusou a oferta e atirou para golo
No entanto, o Sporting não se deixou afetar e, aos 7’, restabeleceu a igualdade numa jogada que envolveu a participação de Bernardo Paçó, guarda-redes que se notabiliza pela participação no jogo ofensivo e que solicitou Rocha, pivot que rodou, enquadrou-se com a baliza e atirou certeiro de pé esquerdo para o 1-1.
A partida seguia veloz e equilibrada e o Benfica chegou a celebrar nova vantagem aos 10’ numa diagonal de Silvestre Ferreira, da esquerda para o centro antes de atirar para ação pouco feliz de Bernardo Paçó, que só travou a bola no limiar da linha de golo, num lance controverso no qual a equipa de arbitragem considerou que a bola não entrou – pelo menos, na sua totalidade – e a primeira decisão de validar o golo foi revertida.
Tudo igual, mas por pouco tempo: instantes após a anulação do golo benfiquista, Rocha esteve perto de bisar com um remate ao travessão e impulsionou o Sporting a obter a reviravolta, aos 12’, num livre indireto convertido com um poderoso remate de Tomás Paçó para a vantagem leonina, que perdurou até ao intervalo e prolongou-se pela segunda parte.
O Benfica, que procurou assumir maiores riscos em busca da igualdade, dispôs de soberana ocasião para restabelecer a igualdade aos 28’, num lance em que Chishkala, bem posicionado, procurou servir Silvestre e o lance perdeu-se. Mais eficiente, o Sporting voltou a marcar, através de uma exemplar transição conduzida por Zicky que, perante Léo Gugiel, assistiu Diogo Santos para que este marcasse, sem oposição.
Nos últimos cinco minutos, as águias passaram a jogar em 5x4 e ainda dispuseram de nova oportunidade flagrante aos 37’, quando Arthur tinha a baliza à sua mercê mas atirou por cima, desperdiçando a última ocasião para relançar a partida.
O Sporting resistiu bem, preservou a vantagem alcançada e empatou a final, com uma vitória para cada lado. Sem tempo para respirar, o terceiro jogo terá lugar já este domingo, com os dois rivais a reencontrarem-se no Pavilhão João Rocha, casa dos verdes e brancos, a partir das 19 horas.