
O líder do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou esta quinta-feira que o movimento xiita libanês "agirá como entender" em resposta à guerra em curso entre o seu principal apoiante, o Irão, e Israel.
Em comunicado, Naim Qassem afirmou que o Hezbollah "não é neutro" no conflito entre os dois países inimigos e que o grupo xiita "atuará como entender face a esta brutal agressão israelo-americana".
A declaração surge depois de o enviado especial dos Estados Unidos para a Síria ter avisado o Hezbollah contra qualquer envolvimento na guerra.
O embaixador dos Estados Unidos na Turquia e enviado especial para a Síria, Thomas Barrack, de visita ao Líbano, afirmou que a intervenção do Hezbollah pró-iraniano na guerra entre o Irão e Israel seria uma "péssima decisão".
"Posso dizer em nome do Presidente (Donald) Trump, que tem sido muito claro sobre este assunto (...) que seria uma decisão muito, muito, muito má", disse Thomas Barrack, em resposta à pergunta de um jornalista sobre uma possível intervenção do movimento xiita libanês na guerra em curso.
Armado e financiado pelo Irão, o Hezbollah saiu muito enfraquecido da sua última guerra contra Israel, em 2024.
Israel manteve ataques contra o Líbano apesar do cessar-fogo com o grupo libanês Hezbollah de 27 de novembro de 2024, que pôs fim a mais de um ano de conflito.
O Hezbollah atacou o norte de Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o Hamas, que enfrentou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza depois de ter realizado um ataque em solo israelita em 7 de outubro de 2023.
O envolvimento do Hezbollah no conflito levou o exército israelita a invadir o sul do Líbano numa ofensiva que eliminou os principais dirigentes do grupo pró-iraniano.
Com LUSA