Rosa Mota enviou uma mensagem a A BOLA em que dá conta do seu estado de saúde: «Já tive alta hospitalar e vou começar lenta, mas progressivamente, a tentar normalizar a minha saúde. Quero agradecer à ciência e a todos os que nos hospitais e serviços vários por onde passei, me ajudaram a ultrapassar o grave problema que tive. Por último, pedir desculpa a todos os que sofreram com as notícias manifestamente exageradas e que não consegui impedir.»

A campeã olímpica da maratona em 1988 quis ainda endereçar mensagem aqueles que denomina como «mais rigorosos e curiosos», tendo por base, diz «o que foi dito nos vários canais de televisão, exclusivamente.»

«Tudo porque há sempre alguém que na sua ÉTICA acha que pode tentar prejudicar as pessoas de quem não gosta e alguém que, consciente ou não, a ajuda. Este problema surgiu minutos antes da São Silvestre de Madrid, em 31 de dezembro e não na São Silvestre El Corte Inglês, que eu também corri, mas em 15 de dezembro. E também não foi ao minuto 30 da minha corrida como chegou a ser dito e muito menos foi uma dor muito intensa», esclarece Rosa.

«Nunca teve nada a ver com o coração e muito menos fui operada ao coração. Aliás, se isso tivesse de acontecer não poderia ser no Hospital onde eu estava que não tem cirurgia cardíaca/cardiotorácica). Só fui operada uma vez e muito menos foi de urgência. A cirurgia foi programada e aconteceu cerca de um mês depois da situação estabilizar. E não estava internada há vários dias nem dei entrada no próprio dia. Como é mais frequente em cirurgias programadas, entrei no dia anterior à cirurgia», acrescentou.

A grande fundista portuguesa continuou a abordar, nesta missiva, o problema de saúde sofrido. «Embora a situação fosse potencialmente grave e pudesse ter tido consequências muito sérias, incluindo a morte, nunca estive com 'prognóstico muito reservado' e muito menos ‘a lutar entre a vida e a morte'. O período de maior insegurança foi entre o diagnóstico feito num hospital privado (4 de janeiro) e a saída dos cuidados intensivos (6 de janeiro) no primeiro internamento», frisou.

Por fim, outro esclarecimento: «Não foi um aneurisma da aorta. O que eu tive, exatamente, foi uma disseção da aorta, também chamada aneurisma dissecante da aorta, que pode ter tratamento médico (conservador) ou cirúrgico. Sendo coisas diferentes acabam por ter na prática, principalmente para os não especialistas, soluções e consequências aproximadas.»