É algo que não se vê todos os dias: um atleta profissional, em lágrimas, escondido.  

Foi o que aconteceu com a tenista Emma Raducanu, que interrompeu o encontro com Karolina Muchova, no Open do Dubai, falou com a árbitra e escondeu-se atrás da sua cadeira. 

Depois, o WTA, o circuito feminino, esclareceu: deveu-se à presença de um homem que «já tinha demonstrado um comportamento de fixação para com ela» e estava sentado nas filas da frente neste encontro da segunda ronda do torneio. 

O encontro levava apenas dois jogos disputados quando a jogadora de 22 anos se aproximou da árbitra Miriam Bley com alguma aflição, dizendo umas breves palavras antes de se retirar para trás da cadeira da árbitra, em lágrimas, onde acabou por ser consolada pela adversária checa. 

Após uma breve pausa, regressou ao court e retomou o jogo, perdendo em sets diretos para a cabeça de série número 14, por 7-6 (6-8) e 6-4. 

No comunicado, o WTA partilhou o que levou ao incidente:  

 «Na segunda-feira, 17 de fevereiro, Emma Raducanu foi abordada numa área pública por um homem que exibiu um comportamento fixo», aludindo à presença de um homem durante o jogo frente a Maria Sakkari. «Este mesmo indivíduo foi identificado nas primeiras filas durante o jogo de Emma, na terça-feira, tendo sido posteriormente expulso. Será banido de todos os eventos WTA enquanto se aguarda uma avaliação da ameaça. A segurança dos jogadores é a nossa principal prioridade», completa-se. 

Esta não é a primeira má experiência da tenista, em que em 2022, teve de pedir uma providência cautelar de cinco anos contra um homem, identificado como Amrit Magar, de 35 anos, que visitou a sua casa três vezes depois do US Open de 2021, e lhe deixou bilhetes e objetos à porta. Por agora, não há nenhuma indicação que Magar seja o homem que apareceu no Dubai e perturbou desta forma a tenista.