Martim Costa foi herói no momento decisivo do jogo que valeu o apuramento de Portugal para as meias-finais do Mundial. Depois de não ter estado particularmente bem durante os 60 minutos regulamentares, com apenas um golo em sete tentativas, o jovem de 22 anos marcou três no prolongamento, incluindo o decisivo, cinco segundos do fim.  

«Não gosto de me esconder, mesmo que as coisas não estejam a correr bem. Não posso deixar de ser eu mesmo, só porque não me estão a sair bem. Os primeiros 60 minutos foram duros para mim, não estava no meu melhor, mas no prolongamento consegui aparecer quando tinha de aparecer e ajudar. Não me escondi e isso é parte de mim. Se tiver de falhar, falho eu e assumo as consequências. Não gosto de passar a batata quente para os outros. Marquei, estamos todos felizes e vamos», resumiu, partilhando o momento em que o capitão lhe disse para assumir a condução do último ataque. 

«O Rui Silva no último ataque disse-me ‘vais em cima do Golla’ e rebentas com ele. E assim foi, rebentei com ele!», soltou, entre risos. 

O mais velho dos irmãos Costa enalteceu ainda o quão difícil era a tarefa de Portugal.  

«Já sabíamos que ia ser muito complicado frente a uma equipa que foi à final dos Jogos Olímpicos no Verão, que tem jogadores de alto nível e um guarda-redes de nível mundial, que é muito difícil de bater. Eles são uma equipa muito dura, com uma defesa muito dura, que bate muito.» 

O jogador elogiou a exibição defensiva que valeu um lugar entre os quatro melhores do mundo. 

«À semelhança do que temos feito nos outros jogos, a nossa defesa esteve inacreditável. Na 1.ª parte sofremos nove golos. No ataque fomos criando situações, mas falhámos muito aos seis metros, eu falhei muito aos seis metros e não costumo falhar. No prolongamento estivemos sempre por cima, criámos logo uma vantagem de dois golos e na segunda gerimos, conseguimos ter posse de bola para ganhar e conseguimos. Agora temos de festejar, porque estamos nas meias-finais de um campeonato do Mundo. É inacreditável», orgulha-se.