João Noronha Lopes recusa perentoriamente o voto eletrónico para os sócios do Benfica que residem nas ilhas e no estrangeiro. O candidato à presidência do clube da Luz insiste no voto físico, mesmo para quem está fora de Portugal continental.

"A Mesa da Assembleia Geral do Benfica revelou hoje a proposta de regulamento eleitoral apresentada pela Direção. Para minha estupefação, essa proposta consagra como regra o voto eletrónico à distância nas eleições de outubro de 2025", começa por assinalar o gestor, lembrando: "Os novos estatutos, aprovados pelos sócios, não preveem o voto eletrónico como regra. O voto eletrónico só é possível com o consenso de todos os candidatos. E duas candidaturas, incluindo a nossa, já rejeitaram, em inúmeras ocasiões, essa solução."

O candidato não deixa margem para dúvidas. "Em vez de mapear locais de voto, contactar Casas do Benfica, contratar espaços e dar aos sócios informação clara sobre onde poderão votar, prefere-se alimentar um folhetim eleitoral com promessas de voto online que não têm base estatutária nem consenso para avançar.

Perante isto, aponta uma solução. "A nossa candidatura já se disponibilizou para ajudar a identificar e garantir mais de 40 secções de voto em Portugal e no estrangeiro, como indicado pela MAG em reunião com as candidaturas. Até agora, nada se sabe sobre como vai a MAG assegurar que o máximo número de sócios do Benfica podem participar nas próximas eleições."

No entender de Noronha Lopes, que recolheu perto de 34 por cento dos votos em 2020, num eleição com escolha eletrónica, "o foco devia estar em preparar, com responsabilidade, as eleições mais participadas da história do clube". Como? "Com a instalação de urnas em todo o território nacional, e igualmente nas Regiões Autónomas, e no estrangeiro. É isso que os sócios esperam. É isso que os estatutos exigem. E é nisto que a MAG já devia estar a trabalhar."

O gestor conclui, referindo que "o Benfica precisa de eleições justas, transparentes, fiáveis e acessíveis ao maior número possível de sócios". "Da nossa parte, tudo faremos para que isso aconteça e para que todos os sócios de Faro a Vila Real, da Guarda a Ponta Delgada, de Genebra a Newark possam exercer o direito de voto", reforça.