Depois de ser notícia por celebrar o carnaval por seis horas mesmo lesionado, de ter sido visto a sair de um helicóptero numa festa privada onde supostamente teria traído a namorada e de ter lançado em evento promocional a sua equipa da Kings League, Neymar foi finalmente notícia por razões profissionais: 33 dias após a lesão, voltou a treinar-se esta terça-feira, integrado no plantel do Santos

Com a lesão no músculo posterior da coxa esquerda contraída na partida dos quartos de final do Paulistão frente ao Red Bull Bragantino aparentemente debelada, é provável que o jogador de 33 anos possa atuar de início ou a partir do banco no jogo de domingo (23:30, de Lisboa) com o Fluminense da terceira jornada do Brasileirão.

Na sessão desta tarde, parcialmente aberta à imprensa, aqueceu e fez exercícios sem limitações com os companheiros. No período em que esteve ausente da competição – as derrotas na meia-final do estadual, com o rival Corinthians, e na partida inaugural do campeonato nacional, com o Vasco da Gama, além do empate caseiro com o Bahia na segunda ronda da prova – a situação de Pedro Caixinha sofreu abalo.

Após o jogo em São Januário, aliás, o presidente Marcelo Teixeira criticou detalhes táticos da exibição santista. E agora o jogo com o Flu no Maracanã é tratado como decisivo para o futuro do treinador português no clube, segundo a imprensa brasileira.

Diz o site GE que a direção do peixe considerou errada a repetição do mesmo 11 que havia perdido com o Vasco no duelo com o Bahia.

«Aquele grupo tinha o orgulho ferido e eu quis reforçar isso», explicou Caixinha na conferência de imprensa após o encontro. 

Como a equipa melhorou após a entrada dos suplentes Soteldo e Thaciano, as críticas nas bancadas da Vila Belmiro intensificaram-se.

Com o Flu, Neymar pode, portanto, ser novidade no 11. Quando a imprensa teve de abandonar o centro de treinos do Rei Pelé, o treinador e o atacante conversavam a sós. Até à viagem para o Rio de Janeiro, o Santos terá cinco treinos para reintegrar Neymar.