
A primeira sessão de Treinos Livres (TL1) do Grande Prémio da Áustria trouxe sortes contrastantes para as estrelas do MotoGP — e, para o português Miguel Oliveira, foi um início para esquecer. Com a sua melhor volta em 1:30.882, Oliveira terminou no fundo da tabela de tempos, a uns pesados +1.506s do registo de referência estabelecido por Marc Márquez.
Apesar de já ter enfrentado uma temporada de 2025 complicada, este resultado no TL1 é mais um lembrete claro da difícil batalha que tem pela frente. A Pramac Yamaha mostrou-se pouco estável no Red Bull Ring, com o colega de equipa Jack Miller também em dificuldades, alcançando apenas o 18.º tempo. As longas retas, zonas de travagem fortes e pontos de aceleração constantes parecem estar a expor as fragilidades da afinação da Yamaha — especialmente para quem ainda procura encontrar o ritmo.
Yamaha de Fábrica com Resultados Mistos
No lado da equipa de fábrica, Alex Rins conseguiu o 12.º lugar, mostrando alguma melhoria, mas ainda longe do ritmo dos da frente. Já Fabio Quartararo, a maior esperança da Yamaha, manteve a marca na conversa ao assegurar um sólido sétimo posto, voltando a provar que consegue extrair mais da M1 do que qualquer outro piloto do alinhamento.
A Crise de Oliveira Aprofunda-se
Para Oliveira, este resultado pouco fará para aliviar as preocupações com a sua forma. O piloto português continua sem encontrar um verdadeiro avanço com a sua moto este ano, e o Red Bull Ring — um circuito que exige confiança na travagem e estabilidade na saída de curva — está a revelar-se implacável. Com uma longa sequência de resultados aquém das expectativas, este TL1 acrescenta urgência à procura de soluções.
A diferença para Márquez, que se tornou o primeiro piloto a rodar abaixo da barreira de 1’30 na sessão, mostra o quanto ainda há para trabalhar se Oliveira quiser entrar na luta antes da qualificação.
A questão agora é: conseguirão Oliveira e a Pramac Yamaha reagir no TL2 e no resto do fim de semana, ou será a Áustria apenas mais uma paragem numa temporada de luta constante? Com a multidão a apoiar a KTM e a Ducati a dar o tom, a pressão está no máximo para que a estrela portuguesa protagonize uma recuperação.