Das 32 equipas dos principais escalões do futebol norueguês, 18 não querem o VAR. Uma votação feita nesta terça-feira declara que a maioria dos clubes da Noruega quer acabar com o videoárbitro.

Só nove dos conjuntos é que se revelaram a favor da tecnologia e cinco ainda não deram qualquer opinião. Ou seja: dos 32 clubes, 18 preferem abolir o VAR das competições profissionais. «Dissemos ao longo do processo que haverá uma reunião de proprietários a 22 de janeiro com todos os clubes da Liga e aí partilharemos os nossos pensamentos. Até lá, nada direi», afirmou Cato Haug, líder da NTF, equivalente à Liga Portugal da Noruega, em julho do ano passado. Agora, os resultados desta votação serão discutidos e, depois, a informação será passada à Federação.

Esta votação não é, porém, sinónimo de abolição do VAR. Isto porque, no início de março, o assunto será novamente discutido, mas a nível de Federação. Aí, será feita a votação, que conta com todos os clubes incluídos na Federação da Noruega, não apenas os que fazem parte da Liga. Algo que, para a Aliança dos Adeptos da Noruega, não será um entrave: «Que interesse terão os clubes mais abaixo em pagar pelo VAR quando os que o usam não o querem? A Federação paga metade dos 17 milhões de coroas [cerca de 1,45 milhões de euros] que são anualmente investidos no VAR, dinheiro que podia ir para as bases», afirma Ole Sandvik, porta-voz da Aliança.

Então, o que se pode esperar? «Seria um escândalo se, no início de março, o VAR não fosse abolido», conclui Sandvik. A Noruega seria a primeira a voltar atrás na decisão de ter videoárbitro e seria, a par da vizinha Suécia, uma das únicas duas ligas de topo da Europa a não ter a tecnologia.