
O Famalicão viaja esta sexta-feira para RIo Maior, onde irá defrontar o Tondela, pelas 15h30 deste sábado. Viagem de longa distância que ocorre devido ao Estádio João Cardoso ainda estar a passar por renovações ao relvado.
Uma deslocação que o treinador dos minhotos, Hugo Oliveira, referiu "não entender", até porque o horário do encontro não vai ao encontro das direções da Direção Geral de Saúde (DGS) para "as pessoas não estarem ao ar livre até às 17 horas".
"Sei que vai ser extremamente difícil para os nossos adeptos deslocarem-se para Rio Maior num sábado para jogar às três e meia da tarde, não consigo entender esta decisão. Estamos com flagelos, com incêndios, com temperaturas altíssimas. O país está a passar por grandes dificuldades e com problemas que são realmente verdadeiros. Mais do que um jogo de futebol. Se queremos ter gente nos estádios, temos de proteger os adeptos e o jogo", referiu Hugo Olvieira.
E prosseguiu: "A DGS e o SNS dizem para que as pessoas evitem estar ao ar livre até às 17h. Nós queremos que o futebol ocorra com os nossos adeptos. O Famalicão é um clube que pensa o jogo, que pensa a beleza do jogo, porque sabe que o desporto é para os adeptos. E é, para mim, incompreensível que se jogue às três e meia da tarde quando nós queremos os idosos no estádio, queremos crianças no estádio e jogamos sempre no início ou a meio da tarde. O Tondela tem de fazer cerca de 200 quilómetros, mas o Famalicão muitos mais. Para os adeptos estarem às 15h30 em Rio Maior, a que horas têm eles que sair de casa? Dizer que o jogo é para todas as idades, mas é isto que fazemos? É este o caminho? Se é.... assumimos."
As condições climatéricas também afetam os jogadores e o seu modelo de jogo? "Não é só para o jogador que está em campo... Mas sim, vamos ser competentes. É difícil para nós e será também para o Tondela, sem desculpas absolutamente nenhumas. Embora o jogador não possa ser tão competente com estas condições, é claro."
O que está à espera deste Tondela de Ivo Vieira? " Devo dizer que vamos ter certamente um jogo extremamente difícil, com uma equipa que saiu da 2ª Liga vencendo-a e de uma forma extremamente competente. É um clube que está a crescer, com um projeto muito interessante. Fez um jogo competente contra um candidato ao título, o Sp. Braga, e a meu ver o resultado não se ajusta à exibição. O Tondela podia ter estado à frente do Sp. Braga nessa situação. Por isso nós sabemos que vamos ter muitas dificuldades perante uma equipa que tem um treinador muito experiente, que é extremamente objectivo, que vai ser rigoroso e nós só podemos fazer aquilo que fizemos no último jogo: sermos profissionais, competentes, extremamente ligados àquilo que é a nossa ideia de jogo e àquilo que são os nossos princípios basilares."
Há confiança em excesso depois de ter ganho a uma equipa a disputar as competições europeias? "Nós fizemos aquilo que tínhamos que fazer, que era entrar no campeonato fieis a nós próprios e às nossas ideias. (2:10) E não fizemos mais do que ganhar um jogo de futebol e a primeira jornada do campeonato. Perante uma equipa muito boa, uma equipa que nós conhecemos, uma equipa sólida. A verdade é que saímos beneficiados pelo facto de jogar com 12, os nossos adeptos estiveram connosco e nós trouxemos o jogo para o nosso lado. Essa competência tem de ser a competência do dia-a-dia, essa ambição de continuar assim, tem de ser a ambição de hoje ser melhor que ontem e amanhã ser melhor que hoje."
Com o Santa Clara, teve um onze sem reforços de verão. Está a acautelar a titularidade deles? "Faz parte da minha filosofia colocar jogadores que eu acho que vão ganhar o jogo. Foi isso que aconteceu com o Santa Clara e é isso que vai acontecer com o Tondela. É óbvio que teríamos alguma solidez da época passada e haveria jogadores que já entendiam mais as ideias, apesar de ficarmos com ideias diferentes do ano passado. É óbvio também que os jogadores que vão chegando vão ter que adquirir as ideias de uma forma mais tranquila para terem segurança no seu jogo e ganhar em caminho no seu jogo."