Os trabalhadores do Metro de Lisboa iniciam esta sexta-feira uma greve de um mês às horas suplementares e eventos especiais. 

A medida terá impacto em eventos com horários tardios, como final da Liga dos Campeões de futebol feminino, este sábado no estádio José Alvalade, mas sobretudo nos festejos dos Santos Populares, dentro se algumas semanas. 

Em declarações à agência Lusa, Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), defendeu que «os trabalhadores não servem só para os eventos especiais», ao contrário da empresa, que «vive apenas para os eventos». A sindicalista confirmou que a greve ao trabalho suplementar e eventos especiais vai durar 30 dias, renovável por igual período. 

A greve é motivada, segundo a sindicalista, pela luta pelo aumento do subsídio de almoço e redução para as 35 horas de jornada de trabalho semanal. «Em causa está o cumprimento do acordo de empresa e o acordo que a empresa fez connosco no final de dezembro para levantar uma greve similar relativamente ao pagamento do dinheiro que é devido aos trabalhadores desde sempre, portanto as variáveis remuneratórias [trabalho suplementar e feriados]», disse. 

O Metropolitano de Lisboa assegurou que a greve «não terá impacto no habitual serviço de transporte», admitindo reforçar a oferta, nomeadamente já para sábado. 

«Para a realização da final da Liga dos Campeões feminina da UEFA, no próximo sábado, dia 24 de maio, o Metropolitano de Lisboa irá desenvolver todos os esforços para reforçar a oferta na sua rede, procurando ajustá-la à procura verificada, dentro dos limites técnicos e operacionais existentes», referiu a empresa. 

O Metropolitano de Lisboa recomenda deslocações antecipadas ao longo do dia, de forma a evitar períodos de maior afluência nas estações e composições. «Em caso de procura excecionalmente elevada, a aglomeração de clientes nos cais poderá condicionar a frequência dos comboios com eventuais aumentos dos tempos de espera», alerta a empresa.