![Dérbi de muita parra e tão pouca uva (crónica)](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
O V. Guimarães dominou a partida, especialmente a segunda parte, mas tudo exprimido: nem uvas, nem sumo ou vinho. Poucos lances de real perigo, num empate sem golos que foi mais penalizador para os conquistadores que arriscaram e fizeram mais por merecer outro resultado, sendo que o Famalicão ficou confortável com o nulo, a determinado momento do encontro. No segundo tempo apenas se aproximaram por uma vez da baliza vimaranense.
O primeiro lance perigoso surgiu aos 8 minutos e para os forasteiros. Telmo Arcanjo arrancou pela direita e já próximo da área famalicense cruzou de trivela, sendo que Nuno Santos amorteceu para Samu que de primeira e de pé esquerdo quase fez o primeiro no encontro, valeu a atenção de Carevic que defendeu com os pés. A resposta famalicense foi tímida e só dez minutos depois, sendo que o avançado Sejk não chegou a tempo para desviar um bom cruzamento de Sorriso.
Perto da meia-hora foram novamente os conquistadores a criar perigo, depois de uma recuperação de Tomás Handel, Nélson Oliveira serviu Telmo Arcanjo, mas o remate de primeira não saiu com a potência pretendida e o guardião famalicense defendeu sem dificuldades.
Instantes antes do apito para o descanso, na sequência de um pontapé de canto, o Famalicão quase se colocou em vantagem. Mikel Villanueva meteu o pé direito à bola que saiu em rosca e pouco ao lado do poste da baliza de Varela. Assim, os jogadores saíram para o descanso com o nulo no marcador.
No reatamento, a primeira ameaça surgiu por Nélson Oliveira, com um remate de primeira, depois de ter sido servido por Miguel Maga, mas Carevic estava atento e defendeu para canto. Um domínio completo dos conquistadores que apenas foi ameaçado aos 73 minutos, com um bom remate de Óscar Aranda, mas que saiu um pouco ao lado da baliza de Bruno Varela.
Até final continuou a ser a equipa visitante a dominar a partida, estando quase sempre no seu meio-campo ofensivo, mas não conseguiu ser criativa o suficiente para chegar ao golo, mesmo com dois pontas de lança (Chucho Ramírez e Dieu Michel) e dois extremos bem abertos já em campo.
Dérbi minhoto terminou mesmo com um nulo que acaba por se justificar, tendo em conta a alergia às redes das balizas adversárias evidenciada. Cada equipa levou um ponto, não conseguindo dar continuidade aos triunfos que alcançaram na jornada anterior.
As notas dos jogadores do V. Guimarães: Bruno Varela (5), Miguel Maga (5), Toni Borevkovic (5), Mikel Villanueva (5), João Mendes (5), Tomás Handel (6), Tiago Silva (5), Samu (6), Telmo Arcanjo (6), Nélson Oliveira (5), Nuno Santos (5), Umaro Embaló (5), João Saraiva Mendes (5), Chucho Ramírez (5), Vando Félix (-) e Dieu Michel (-).
As notas dos jogadores do Famalicão: Lazar Carevic (6), Rodrigo Pinheiro (5), Enea Mihaj (5), Justin de Haas (5), Rafa Soares (5), Tom von de Looi (5), Mathias de Amorim (5), Sorriso (5), Gustavo Sá (5), Óscar Aranda (6), Vaclav Sejk (5), Mirko Topic (5), Elisor (-), Gil Dias (-), Rochinha (-) e Mamageishvili (-).
As reações dos treinadores
Luís Freire
Ninguém está satisfeito, queríamos ganhar o jogo. Claramente que o vitória fez mais por isso, sempre em cima do Famalicão, sem permitir saídas ao adversário. Faltou sermos mais agressivos na linha defensiva do oponente e criarmos mais situações de golo. Conseguimos rodar bem, jogar por fora com cruzamentos, mas sem ficarmos de frente para a baliza.
Hugo Oliveira
Foi um jogo equilibrado, muito rico taticamente, apesar do empate a zeros, pois os adeptos querem espetáculo, mas acabou ser muito rico. O Vitória foi pressionante, mas conseguimos fechar o nosso bloco, deixando o adversário longe da nossa baliza. Com bola não fomos tão eficazes como gostaríamos.