
O Botafogo está qualificado para a próxima fase da Taça Libertadores, depois de vitória por 1-0 sobre o Universidad de Chile, mesmo jogando com dez desde os 27 minutos, por expulsão de Jair, na sexta jornada da competição.
Depois de um início difícil, com duas derrotas nas três primeiras rodadas, a equipa orientada por Renato Paiva recuperou e passa em segundo no grupo A, após golo de Igor Jesus aos 38 minutos, e vai continuar em prova a defender o título conquistado no ano passado sob comando de Artur Jorge.
A vitória significa mesmo, que o Universidad, que era líder antes da última rodada, termina em terceiro e vai para os playoff da Sul-Americana. Em primeiro passa o Estudiantes.
Quem esteve atento no estádio Nilton Santos foi o novo selecionador Carlo Ancelotti, que escolheu este como primeiro jogo para acompanhar no estádio desde que foi apresentado.
Renato Paiva destacou o apoio dos adeptos, sobretudo a partir da expulsão de Jair, ainda não tinha passado meia hora de jogo, a fazer lembrar a final do ano passado, em que o Botafogo jogou com 10 desde os primeiros minutos e acabou por vencer.
«Disseram que jogámos com 10 por muito tempo. Não jogámos, não. Começámos com 12 e quando o Jair foi expulso jogamos com 11. A torcida deixa qualquer profissional deste clube sem palavras. Começámos a ganhar o jogo na receção que tivemos na chegada do autocarro, depois uma coreografia fantástica, a gerar um ambiente de grande apoio e de alguma intimidação ao adversário. Para perceber onde está e onde veio jogar», afirmou Renato Paiva.
Paiva foi questionado sobre o que diria a Carlo Ancelotti após a atuação do avançado Igor Jesus, que não foi chamado na primeira convocatória do treinador italiano:
«Eu não vou dizer nada ao Ancelotti porque não precisa, é o treinador mais vencedor do mundo. Hoje ele veio aqui exatamente para ver os jogadores. Tudo aquilo que eu disser ao meu colega Ancelotti é redundante porque ele certamente viu com muita atenção. A partir daí, eu nunca interferiria num trabalho que não é meu, é dele. Ele tem a responsabilidade e dificuldade de escolher uma lista de jogadores num país, para mim, maior e melhor na produção de jogadores e da seleção mais vencedora. Acho que ele já tem problemas suficientes, ele tem olhos para ver, tem uma experiência enorme. Se lhe telefonasse, não seria para sugerir o Igor. Seria para desejar toda sorte do mundo e que é um grande orgulho para o povo brasileiro e para ele também treinar esta seleção.»
(atualizado às 8h58)