A 1ª parte foi de grande qualidade, mas foi só na 2ª que surgiu toda a emoção. O Chaves acabou reduzido a nove elementos, fruto de duas expulsões, com guarda-redes improvisado e derrotado por um Paços de Ferreira (2-0), que ganhou vida na luta pela manutenção.
Duas lutas distintas encontravam-se na Capital do Móvel, mas quem visse a 1ª parte pensaria que falávamos de dois candidatos à subida. Ambas as equipas implementaram um ritmo alucinante na 1ª parte, com futebol positivo e em busca de golos, embora com mentalidades distintas.
O Paços de Ferreira foi conseguindo implementar uma pressão alta intensa, constante e bem conseguida, que lhe permitiu criar várias chances fruto dessas recuperações em zona alta e foi quem beneficiou das melhores oportunidades - nomeadamente uma de Costinha na cara de Vozinha. O Chaves, por sua vez, foi mais paciente com bola e, quando conseguia ultrapassar essa primeira zona de pressão, criou muito perigo na transição, incluindo uma bola apenas travada pelo ferro. Faltavam golos, mas a qualidade estava lá.
A 1ª parte prometia e ambas as equipas tentaram manter esse ritmo no arranque da 2ª, especialmente a turma da casa. A entrada acabou por resultar numa grande penalidade madrugadora, logo aos 50', e expulsão de Júnior Pius, por falta sobre Rui Fonte em plena área, quando este se tentava isolar na cara de Vozinha. Após o VAR e o árbitro concordarem na decisão, Antunes não perdoou e fez o 1-0.
Durante algum tempo, o Paços aproveitou para gerir o jogo, embora já longe do ritmo mostrado até aqui, mas, com o passar dos minutos, começou a baixar um pouco as linhas. Isso fez o Chaves acreditar e, mesmo em inferioridade numérica, o técnico Marco Alves olhou para a frente e foi em busca do empate.
O jogo foi ficando mais descaracterizado e perdendo alguma qualidade, com o Chaves a insistir no jogo direto para área e a desposicionar cada vez mais a sua defesa, fragilizando-a para possíveis transições. Foi dessa forma que, aos 90+4, Vozinha - até então numa boa exibição - calculou mal uma saída da baliza, acabou a travar Maroszau quando este se isolava e deixou a sua equipa reduzida a nove.
O lateral espanhol Áaron Romero assumiu a responsabilidade de ir à baliza para a ponta final e literalmente na sua primeira intervenção viu Welton Júnior marcar um golaço de livre direto, para fixar o resultado final em 2-0.