Na antevisão ao duelo frente ao Estoril, Bruno Lage, para além da viagem de Nicolás Otamendi, falou sobre a filosofia adotada pela equipa, bem como uma eventual diminuição da acutilância ofensiva. O treinador de 48 anos demonstrou, ainda, a vontade do coletivo de dar uma prenda natalícia ao universo encarnado.
A prenda de Natal para os adeptos: «Espero um jogo muito competitivo, vimos o Estoril e é uma equipa competitiva. Esperamos um sistema de cinco defesas, mas agressivos e a procurar o ataque, as transições e a provocar o adversário. Cabe-nos estar no nosso melhor, acreditamos nisso, pelo que temos vindo a fazer e pelo treino que fizemos hoje. Seguimos o nosso objetivo, que é vencer o jogo, e são três pontos muito importantes. A equipa quer oferecer esta prenda de Natal aos adeptos, com uma boa exibição e golos.»
Arthur Cabral recuperado: «Só amanhã é que vamos saber se está em condições ou não.»
Para quando o futebol atrativo?: «Pode não ter tempo para ver os jogos, mas isso é outra questão. A equipa tem realizado jogos muito bons, a prestação tem sido de qualidade, com muitos golos, e esse é o sinal mais importante. Há momentos do jogo que ainda não controlamos da maneira que gostava, mas tenho três meses de trabalho. Quando olho para esse período, estamos satisfeitos e com sentido de querer mais. Agradeço a pergunta, porque isso é o que pretendemos.»
Liga pode ser decidido na reta final: «O campeonato vai ser muito disputado até ao final, as três primeiras equipas estão muito próximas. Vai ser decidido no final e o importante é estarmos preparados e corresponder em cada momento. De nada vale se vencer amanhã se não vencermos o próximo. É minha ambição que a equipa mostre um futebol atrativo, como aconteceu com o FC Porto, que é agora líder, e com o Atlético de Madrid, que também é líder.»
As renovações de Aursnes e Tomás Araújo: «Fico eu tranquilo e ficamos todos. Não com receio que eles saiam em janeiro, porque estamos preparados para responder, mas sim porque sentimos que o presidente e a direção estão a preparar o presente e o futuro. Renovámos com o Aursnes e nunca apareceu nenhuma proposta por ele.»
Falta de acutilância ofensiva?: «Se olharmos para o último jogo, temos uma média de dois golos. Eu faço a média do que vamos produzindo. Mais importante do que os golos são as oportunidades criadas. Já vivemos isto com o Seferovic, com o Vinícius e até mesmo com o João Félix, que não marcou em três ou quatro jogos e depois fez um hattrick. Importante é que eles tenham confiança e recordo uma frase do Ronaldo: 'às vezes é como o ketchup'. Também tivemos nesse período alguns jogadores que desistem, que deixam de lutar, de acreditar que podem mudar a situação. O Pavlidis, o Arthur e o Zeki com determinação, confiança, a querer evoluir para marcarmos ainda mais golos. Temos de estar tranquilos, jogamos em equipa e o importante é olhar para o que a equipa vai produzindo.»