Susie Wolff, a inovadora Diretora Geral da F1 Academy, está a reescrever as regras do desporto motorizado com um aumento sem precedentes na participação feminina. Apenas dois anos após assumir a liderança da série de corridas exclusivamente feminina, Wolff está a celebrar o que agora é chamado de “Efeito F1 Academy”, com a participação feminina a nível de base no desporto motorizado a disparar para 25%.

Uma Visão Audaciosa para Diversificar o Grid

Quando Wolff assumiu o seu cargo antes da temporada inaugural da Academia em 2023, a sua missão era clara: quebrar a percepção de longa data de que o desporto motorizado é uma arena dominada por homens. Com campeãs agora a progredir para séries prestigiadas como a FRECA e a GB3, e condutoras a serem contratadas por programas de desenvolvimento de elite da F1, o seu impacto é inegável.

Falando à Goodwood, Wolff expressou orgulho na transformação:
“Nunca tivemos tanta participação feminina—25 por cento. Os especialistas em karting estão a chamar-lhe o Efeito F1 Academy. Estamos a mostrar às jovens que o desporto motorizado não é apenas para homens, e isso é um enorme obstáculo a derrubar para a próxima geração.”

Além dos Números: Mudando Percepções

Os efeitos em cadeia da F1 Academy vão muito além das estatísticas de participação. Wolff enfatiza que a visibilidade é fundamental:
“Elas precisam ver mulheres em fatos de corrida, na parede dos boxes e nas garagens para acreditar que também podem fazê-lo. Embora ainda não tenha todos os dados concretos, consigo sentir a onda de impacto.”

A divulgação da Academia inclui a descoberta de talento feminino em centros de karting em todo o mundo e a ligação desses talentos a patrocinadores de alto perfil como Tommy Hilfiger, Charlotte Tilbury, Puma e American Express. Estas parcerias não só financiam carreiras, mas também ampliam o apelo do desporto a novos públicos diversos.

Dos Difusores às Grandes Marcas: O Crescente Ecossistema da F1 Academy

A parceria da Academia com a Fórmula 1 amplificou a sua influência. Na sua segunda temporada, a colaboração aprofundou-se, com todas as dez equipas da F1 agora obrigadas a patrocinar um piloto da F1 Academy. Isto proporcionou a estrelas em ascensão como Abbi Pulling e Doriane Pin oportunidades para se juntarem aos programas de desenvolvimento de pilotos da Alpine e da Mercedes.

“Conseguimos obter uma enorme exposição no primeiro ano, correndo ao lado da F1 e trabalhando com marcas como Charlotte Tilbury e Tommy Hilfiger,” explicou Wolff. “Isto trata-se de mudar percepções a uma escala global.”

Uma Visão a Longo Prazo

Embora a F1 Academy já esteja a quebrar barreiras, Wolff vê isto como um projeto a longo prazo. A próxima temporada de 2025 irá expandir o grid, aumentando o número de carros e pilotos a competir.
“Conseguimos muito, mas o sucesso não se resumirá apenas a colocar uma rapariga na Fórmula 1,” disse Wolff. “Trata-se de encontrar talento excecional e garantir que tenham o financiamento, a trajetória e a visibilidade para ter sucesso.”

Wolff é rápido a reconhecer a complexidade de chegar à Fórmula 1:
“Para chegar à F1, é preciso ser excecional. Mas também se trata de entrar na equipa certa e ser notado pelas pessoas certas. Com as equipas de F1 agora envolvidas, estamos a garantir que essas oportunidades existem.”

Perspectivas Futuras: Xangai e Além

A terceira temporada da F1 Academy começa a 21 de março no Circuito Internacional de Xangai, prometendo aproveitar o seu ímpeto. Com um número crescente de patrocinadores, uma integração mais profunda na F1 e um aumento de 25% na participação feminina, a F1 Academy não está apenas a mudar o desporto motorizado—está a redefini-lo.