Todos os ascensores de Lisboa continuarão suspensos até que termine a inspeção técnica, feita por uma entidade externa, ao acidente registado no elevador da Glória, que deverá ser feita "nos próximos dias".

A empresa espera que o inquérito esteja concluído "muito em breve", até para a empresa poder tomar medidas em relação à frota.

"Mas há prazos que não conseguimos controlar totalmente", notou o presidente da Carris, Pedro de Brito Bogas, em conferência de imprensa.

"Parece-nos que [as inspeções] foram (...) bem efetuadas, mas vamos ver o que se apura no âmbito do inquérito", disse, repetindo que ainda não pode avançar as causas do acidente que na quarta-feira causou pelo menos 16 mortos e duas dezenas de feridos.

Segundo o que a empresa apurou, a lotação do veículo acidentado era inferior à lotação máxima, que é de 42 pessoas (20 sentadas e 22 de pé).

Sobre o futuro, o presidente da Carris vincou: "Vamos continuar a ter o Elevador da Glória na cidade de Lisboa. Vamos ter um novo elevador e com ainda maior segurança".

A Carris assegura que a rede de elétricos clássicos (que inclui 38 equipamentos) é uma "operação segura" e que a sinistralidade até "baixou significativamente nos últimos anos".

Os planos de manutenção "estão definidos há anos" e "estão a ser cumpridos", garantiu, destacando a experiência dos funcionários da Carris.

"Eles estão evidentemente perplexos com esta situação", realçou Pedro de Brito Bogas, considerando-a "inimaginável, inusitada".