O "Acordo Político para a Cidade do Porto", a que a Lusa teve acesso, explica que o compromisso "será concretizado numa coligação dos três partidos signatários, com o apoio político do movimento de cidadãos", sendo que "os termos concretos da coligação" vão ser objeto de uma "adenda".

"Este é um projeto dinâmico e aberto à participação de todos os portuenses, independentemente da sua condição e orientações político-ideológicas. A adesão a este projeto não implica qualquer outro compromisso que não o propósito cívico respaldado na ambição de querer viver numa cidade melhor", indica o documento.

Os quatro signatários "apoiam uma candidatura à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e a todas as Assembleias de Freguesia, encabeçada por Pedro Duarte, com o objetivo de promover uma governação baseada nos valores humanistas, na defesa das liberdades individuais e na garantia da igualdade de oportunidades dos portuenses".

As partes comprometem-se a desenvolver, em colaboração e em diálogo permanente, um projeto autárquico de futuro, de estabilidade e bem-estar para os portuenses".

O documento vai ser assinado pelo presidente da concelhia do PSD Alberto Machado, pelo presidente da concelhia do CDS-PP César Navio, pelo coordenador do Núcleo do Porto da Iniciativa Liberal Hugo Beirão Rodrigues e pela porta voz do movimento cívico, a médica ortopedista Marta Massada.

O projeto acordado tem "uma intrínseca vocação de inovação e futuro" e assenta "no respeito e na admiração pelo trabalho empreendido ao longo dos últimos mandatos autárquicos [liderados pelo movimento independente do presidente Rui Moreira e integrado pelo CDS], que muito contribuíram para elevar o Porto a um lugar de excelência".

O futuro programa "motiva a cidade a tornar-se referência nacional e internacional em áreas vitais, e corporiza a ambição de fortalecer a coesão social, o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida de cada cidadão".

Para a coligação, "o Porto deve ser uma cidade inclusiva e competitiva, onde o progresso económico traduz mais e melhores oportunidades para todos, e onde cada portuense sente que é parte ativa na construção do futuro coletivo".

O projeto "foca-se nos portuenses, nos problemas e nas aspirações de cada um", dando "primazia às questões da segurança, do trânsito e mobilidade, da habitação, da saúde, do emprego, da economia e da cultura".

O compromisso visa ainda "estabelecer as bases para uma câmara que assuma um papel de liderança não apenas a nível local, mas também regional, fortalecendo o Porto como motor de desenvolvimento do Norte do país".

"A cidade deve consolidar-se como ponto de convergência de talento, inovação e investimento, promovendo a colaboração entre municípios vizinhos e potenciando sinergias que beneficiem toda a região", indica.

Para a coligação, "ao reforçar a sua influência no contexto nacional, o Porto contribuirá para um país mais equilibrado e coeso, reduzindo assimetrias e promovendo um crescimento sustentável".

Para além de Pedro Duarte, foram apresentados como candidatos à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU), Nuno Cardoso (movimento Porto Primeiro), Vitorino Silva (RIR), António Araújo (movimento Porto à Porto), Aníbal Pinto (Nova Direita), Sérgio Aires (BE), e o atual vice-presidente Filipe Araújo, como independente.

O atual executivo é composto por seis eleitos pelo movimento independente de Rui Moreira, três eleitos pelo PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas deverão ocorrer entre 22 de setembro e 14 de outubro deste ano.

ACG // LIL

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