
Os ministros dos Negócios Estrangeiros de cerca de 20 países, incluindo Portugal, e a chefe da diplomacia europeia instaram, esta quinta-feira, Israel a "reverter imediatamente" o plano "inaceitável" de construir novos colonatos junto a Jerusalém.
"A decisão do Comité Superior de Planeamento de Israel de aprovar planos de colonatos a construção na zona E1, a leste de Jerusalém, é inaceitável e constitui uma violação do Direito internacional ", escrevem os representantes, num comunicado conjunto que foi subscrito pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel.
Os signatários dizem condenar a decisão e apelam à "reversão imediata nos termos mais veementes".
Expansão dos colonatos na Cisjordânia ocupada
Israel aprovou um polémico plano de expansão para construir mais bairros na Cisjordânia. Este plano foi condenado pela ONU que voltou a apelar a um cessar-fogo. O plano esteve congelado durante décadas devido à pressão internacional.
O projeto prevê a construção de mais de 3.400 casas na área conhecida como "E1", um terreno estratégico a leste de Jerusalém, habitado por várias comunidades beduínas palestinianas.
Vários grupos de direitos humanos temem que, caso o plano avance, caia por terra qualquer esperança da criação de um Estado palestiniano.
O secretário-geral da ONU também criticou a decisão e pediu a Israel que a reverta. Guterres apelou ainda a um cessar-fogo imediato em Gaza.