Vinte pessoas morreram durante a operação "Natal e Ano Novo 2024/2025" da Guarda Nacional Republicana (GNR), que decorreu entre 18 de dezembro e 2 de janeiro, mais uma vítima do que no mesmo período do ano passado, avançou, à SIC Notícias tenente-coronel Mafalda Almeida.

" O balanço positivo é só mesmo se a sinistralidade rodoviária não registasse qualquer vítima mortal", afirmou a porta-voz da GNR.

A operação intensificou as fiscalizações nas estradas, com ações de patrulhamento e visibilidade, mas apesar do aumento do esforço de fiscalização, os comportamentos de risco como manobras perigosas, excesso de velocidade e consumo de álcool mantiveram-se como fatores preocupantes.

"Os números da sinistralidade são consistentes e muito próximos aos do ano passado, mas esperávamos que pudessem baixar. Mas ainda assim, consideramos que os resultados não são negativos", disse.

"O trabalho efetivamente é dos condutores que andam na estrada. Nós apenas podemos ajudar naquilo que é a redução da sinistralidade rodoviária", concluiu a porta-voz.

Para além da segurança rodoviária, a operação abrangeu o combate à criminalidade, com especial atenção ao comércio durante o Natal e aos festejos de Ano Novo. A GNR realizou ações de proximidade com comerciantes e idosos.

A tenente-coronel Mafalda Almeida destacou a ausência de incidentes graves durante a passagem de ano, apesar da "sinistralidade associada a quem conduziu após os festejos".

PSP regista cinco mortes nas estradas portuguesas

Em 16 dias de operação da Polícia de Segurança Pública (PSP), foram detidas 984 pessoas, das quais 461 por crimes rodoviários, incluindo condução sob efeito de álcool e sem habilitação legal, segundo os dados fornecidos pelo subintendente Sérgio Soares, em entrevista à SIC Notícias.

Durante o período em que decorreu a operação e comparativamente ao período homólogo de 2023, a PSP registou 2.255 acidentes, menos 81 que em 2023. Apesar da redução no número de acidentes, o subintendente observou que houve "mais feridos e, lamentavelmente, mais vítimas mortais comparativamente ao período homólogo".

Entre os comportamentos de risco mais identificados estão o excesso de velocidade, condução sob efeito de álcool e uso de telemóvel ao volante, fatores associados à sinistralidade rodoviária.

"Só por excesso de velocidade, intercetámos 1.118 condutores em 16 dias, um número elevado", destacou o porta-voz da PSP.

No total, a PSP efetuou 984 detenções, apreendeu 52.237 artigos de pirotecnia e elaborou 6.960 autos de contraordenação relativamente a infrações rodoviárias.

O subintendente Sérgio Soares reafirmou o compromisso com a redução da sinistralidade rodoviária, um dos principais objetivos da PSP. Para isso, continuarão as ações de sensibilização nas escolas, através do policiamento de proximidade, com o intuito de transmitir conselhos aos jovens, que possam partilhá-los com amigos e familiares.

Além disso, a PSP continuará a reforçar a presença em locais com elevados níveis de sinistralidade rodoviária e intensificar as ações de fiscalização para desincentivar comportamentos de risco.