A situação na Ucrânia, é o tema dominante da agenda de trabalhos, com os chefes da diplomacia dos Estados-membros a debaterem, por videoconferência, com o seu homólogo ucraniano, Andrii Sybiha, a situação do país, nomeadamente face às diligências de Washington para acordar tréguas entre Kiev e Moscovo.

A alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, deverá também pedir aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 que façam mais, "de forma urgente e imediata, para colocar a Ucrânia numa posição de força".

O 17.º pacote de medidas restritivas impostas pela UE a Moscovo também deverá ser debatido, com Kallas a defender: "Quanto mais forte formos nas sanções, na pressão sobre a Rússia, melhor será a posição da Ucrânia nas próximas etapas, nos próximos dias, semanas e meses".

Na sexta-feira, o Conselho da UE renovou por mais seis meses sanções impostas a responsáveis por violações da integridade territorial da Ucrânia.

Na reunião de hoje, na qual Portugal estará representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, deverão também ser adotadas sanções para responder "à escalada da crise na República Democrática do Congo", segundo fonte europeia.

O grupo rebelde Movimento 23 de março (M23) tem avançado no território democrático-congolês desde janeiro, altura em que tomou Goma, capital da província de Kivu Norte.

Em fevereiro, o M23, que é apoiado pelo Ruanda - segundo a ONU e países como os EUA, a Alemanha e a França -, apoderou-se de Bukavu, a capital estratégica da vizinha província de Kivu Sul.

A situação no Médio Oriente estará também em discussão no Conselho de MNE da UE, com a fonte europeia a anunciar a intenção de haver "um diálogo de alto nível com a Autoridade Palestiniana" à margem da próxima reunião dos chefes da diplomacia, em abril.

As relações entre a UE e os Estados Unidos são o último ponto da agenda dos trabalhos de hoje e que decorre numa sessão em que apenas os ministros estão presentes na sala.

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