Cento e setenta fuzileiros portugueses partem esta segunda-feira para uma missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) na Lituânia, sendo a maior participação daqueles militares no exterior nos últimos 50 anos, revelou a Marinha.

Em comunicado divulgado no domingo, a Marinha refere que a Força de Fuzileiros estará destacada em Klaipeda, que é considerada a principal cidade portuária da Lituânia, no contexto das chamadas "medidas de tranquilização" da NATO.

"Estas medidas, implementadas no seguimento da anexação da região da Crimeia em 2014, visam dissuadir potenciais ameaças, através do aumento da presença militar aliada e a realização de exercícios combinados", explica a Marinha.

Comandada pelo capitão-tenente fuzileiro Hugo Pinheiro dos Santos, a missão portuguesa integra 170 militares e dois cães, e tem capacidade para operações especiais, anfíbia, de abordagem, de mergulho de combate, inativação de explosivos e cinotécnicas. Entre os 170 militares segue uma equipa médica com cinco elementos.

Segundo a Marinha, as "medidas de tranquilização" da NATO pretendem "reforçar a segurança coletiva dos Estados-membros, particularmente os situados na fronteira leste da Aliança Atlântica".

De acordo com um comunicado divulgado no final de fevereiro, a missão vai durar cerca de três meses e meio.