"É importante, mais do que nunca, que os moçambicanos, nas suas distintas filiações e crenças, se unam e sejam vigilantes, propagando a confiança mútua", disse o ministro, durante as comemorações dos dias da religião e fraternidade humana, em Maputo.

Em causa está uma rebelião armada desde 2017, na província de Cabo Delgado, com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

Segundo o recém-empossado governante, o norte do país enfrenta um inimigo que se "recusa a dar a cara", mas que continua a promover discursos de "ódio".

"Minando o espírito da tolerância e do respeito pela diversidade", acrescentou Mateus Saize.

O último grande ataque naquela província, rica em gás, deu-se em 10 e 11 de maio à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.

Em janeiro, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, pediu ao novo ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos ações para um sistema de Justiça eficiente e vigoroso no combate à corrupção.

"Precisamos de um sistema judicial que seja eficiente, transparente e que combata com vigor todas as formas de corrupção e injustiça", apelou Daniel Chapo, após conferir posse a Mateus Saize.

O chefe de Estado pediu ao novo governante ações para a promoção de um Estado de Direito e garantias de acesso à justiça aos moçambicanos, indicando que é um dos caminhos para garantir a paz no país.

LYCE (PYME) // VM

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