
A candidata pela Iniciativa Liberal à Câmara Municipal do Funchal pretende uma revisão "rigorosa" do PDM, "conjugando a preservação do património natural, histórico e cultural, com a criação de áreas de expansão urbana, devidamente planeadas e reguladas". Sara Jardim alerta para o problema de habitação que se vive no Funchal e que impede os jovens e a classe média de conseguirem viver na sua cidade.
Através de comunicado, a cabeça-de-lista aponta ainda como prioridades, por forma a resolver esta questão, a "revisão dos parâmetros urbanísticos e das regras construtivas aplicáveis nas zonas urbanizadas ou urbanizáveis, dotadas de infraestruturas e de acessibilidades; redefinição das áreas de reabilitação urbana e respectivos benefícios fiscais; aplicação e cumprimento do “simplex urbanístico” e digitalização integral dos processos de licenciamento; incentivos fiscais e isenção e redução de taxas urbanísticas para projectos habitacionais e de interesse público; criação de um Banco de Imóveis e Terrenos Públicos, e respectiva cedência para efeitos de construção de habitação e para fins de interesse público; e promoção da conversão de imóveis devolutos comerciais em imóveis para habitação".
Para Sara Jardim, “quem nasce, estuda ou trabalha no Funchal devia poder ficar. Criar raízes, construir uma vida, formar uma família. Mas a realidade é outra". Aliás, considera que a Câmara Municipal do Funchal tem sido mais parte do problema do que da solução, isto porque, "em vez de facilitar, complica".
A oferta de habitação é escassa, e a falta de planeamento urbanístico tornou-se um entrave para quem quer investir ou viver na cidade. As promessas repetem-se há anos, mas os resultados continuam invisíveis para quem precisa de uma casa. Os números não mentem: os jovens fogem para os concelhos vizinhos e até da Madeira, e o Funchal está a perder o seu futuro. Sara Jardim
A candidata conclui afirmando querer "uma Câmara que não dificulte, injustificadamente, a construção e a reabilitação urbana. O direito à habitação não se garante com propaganda, nem apenas com a construção de habitação pública e social. Garante-se com acção, com coragem e com o mercado a funcionar”.