O Clube de Golfe do Santo da Serra inaugurou hoje uma escultura comemorativa da distinção de ‘Melhor Buraco Par 3 do Mundo’, atribuída em 2024 pelos World Golf Awards.

O presidente do clube, Paulo Sousa, destacou a importância do momento: "A escultura representa muito para o campo. É o reconhecimento de um galardão que nos atribuiu o título de melhor par 3 do mundo." Acrescentou que a peça tem também uma vertente promocional: "Criámos um espaço que desse visibilidade a essa distinção. A ideia foi permitir que todos os visitantes percebessem onde estavam a jogar, que pudessem tirar uma fotografia e, através dessas imagens e das publicações nas redes sociais, ajudassem também a promover o clube."

A autoria é do escultor Ricardo Velosa, que explicou ter partido de um objecto fundamental no golfe para criar a obra: "Escolhi o tee, que é o objecto mais simples que se usa no golfe — apesar de eu não ser golfista. Ampliei a peça, foi toda feita aqui na Madeira, com uma cor bastante marcante para sobressair na paisagem."

Velosa admitiu que inicialmente pensou em representar uma bola de golfe, mas acabou por rejeitar essa hipótese: "Percebi que não era fácil de executar, pela complexidade do objecto. O tee revelou-se uma solução mais singela e directa, que acabou por marcar pela simplicidade."

Apesar de não praticar a modalidade, o escultor revelou estar familiarizado com o seu universo: "Ao longo dos anos já tinha feito muito trabalho relacionado com o golfe. Pediram-me várias vezes pequenas peças, troféus, medalhas… Portanto, de certa forma, já estava dentro dos objectos e da simbologia da modalidade."

A ligação de Velosa ao Santo da Serra é de longa data. "Há muitos anos fui eu quem criou o emblema do clube. Também fiz troféus, medalhas e várias peças que estão em exposição. Sou sócio honorário, não jogo, mas tenho acompanhado de perto a vida do clube", recordou.

O escultor aproveitou ainda para reflectir sobre a realidade da escultura pública na Madeira: "Houve uma altura de grande euforia, em que se fez muita obra, mas depois da pandemia tudo abrandou. Hoje quase desapareceu, por falta de verbas. É pena, não tanto por mim, mas sobretudo pelos mais jovens, que precisavam de ter oportunidades. Mesmo pequenas encomendas seriam importantes para dar continuidade ao trabalho artístico", concretizou.