A candidata da Iniciativa Liberal à Câmara Municipal do Funchal questiona os critérios que levaram à nomeação de Marco Lobato para novo presidente da empresa Horários do Funchal. Sara Jardim diz-se preocupada, pois considera tratar-se de "mais uma escolha política feita à porta fechada, sem concurso público, sem escrutínio e sem qualquer explicação sobre os critérios que a fundamentam".

Por isso, o partido exige saber com base em que qualificações e experiência profissional foi tomada esta decisão. O percurso de Marco Lobato fez-se na PSP e na Protecção Civil, "mas não tem qualquer experiência conhecida na gestão de empresas, muito menos da dimensão da Horários do Funchal".

"A HF transporta cerca de 16 milhões de passageiros por ano, gere uma frota complexa e tem desafios sérios pela frente: transição energética, melhoria da experiência dos utentes, modernização do serviço e sustentabilidade financeira", aponta Sara Jardim.

Além disso, a Iniciativa Liberal recorda que "Marco Lobato esteve diretamente ligado ao combate aos incêndios de Agosto passado, cujas circunstâncias nunca foram cabalmente esclarecidas". "Em concreto, a actuação do sistema de protecção civil foi objecto de críticas por parte de vários quadrantes, mas Governo Regional inviabilizou a realização de uma investigação independente, mantendo no segredo político o que devia ser do conhecimento público", aponta.

“Esta nomeação não é um ato de gestão - é um ato de poder discricionário. E a repetição deste modelo só mina a confiança dos cidadãos nas instituições públicas", considera a candidata ao Funchal.

A Iniciativa Liberal defende que as nomeações para cargos de direcção em empresas públicas devem ser feitas com base no mérito, no currículo e na experiência profissional, de forma transparente e, sempre que possível, através de concursos públicos abertos e objetivos. "Os madeirenses merecem serviços públicos geridos com competência, e não como moeda de troca de favores ou lealdades políticas e partidárias”, conclui Sara Jardim.