Quase duas horas depois do início da manifestação na capital norte-americana, no sábado, um homem ateou fogo ao braço esquerdo antes de transeuntes e a polícia conseguirem extinguir as chamas usando água e 'keffiyehs', lenços tradicionais palestinianos.

"Sou jornalista", disse o homem, citado pela agência de notícias France-Presse, denunciando a desinformação em torno do conflito. A polícia disse que os "ferimentos não eram fatais".

Cerca de três mil pessoas manifestaram-se em frente à Casa Branca, a presidência dos Estados Unidos, para exigir o fim da guerra na Faixa de Gaza e do apoio norte-americano a Israel, que afirmam tornar o país cúmplice de um genocídio.

A marcha em Washington foi uma das muitas que se realizaram no sábado ou que estão previstas para hoje e segunda-feira em todos os Estados Unidos e em centenas de cidades do mundo, a propósito do primeiro aniversário do ataque do Hamas contra Israel.

As hostilidades na região do Médio Oriente eclodiram depois de o movimento islamita palestiniano Hamas ter atacado Israel, a 07 de outubro de 2023, causando cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em Nova Iorque, milhares de pessoas marcharam também em solidariedade com os palestinianos no famoso bairro de Times Square, algumas transportando fotografias de pessoas mortas pela ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza.

O ministério da Saúde do Governo do Hamas, no poder na Faixa de Gaza, anunciou no sábado um novo balanço de quase 42 mil mortos no território palestiniano desde o início da guerra com Israel, há quase um ano.

A polícia de investigação dos Estados Unidos, o FBI, alertou na sexta-feira para a possibilidade de atos "contra a segurança pública" no país e pediu à população que preste atenção "à sua volta a toda a hora e comunique atividades suspeitas às autoridades".

Também no sábado, manifestantes e ativistas juntaram-se na capital do México e pediram ao Governo liderado pela nova Presidente Claudia Sheinbaum que rompa as relações diplomáticas, económicas e políticas com Israel.

A marcha, que decorreu no centro da Cidade do México, foi de solidariedade e apoio à Palestina, mas também ao Líbano, à Síria, ao Iémen, ao Irão "e aos países vítimas do neocolonialismo imperialista, criminoso e genocida pelos Estados Unidos, Israel, Inglaterra e governos da Europa", observaram os organizadores.

Até ao momento Sheinaum não se pronunciou sobre o conflito, mas o antigo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, defendeu em diversas ocasiões a manutenção de uma posição neutra.

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