A administração do Centro de Abate da Madeira (CARAM) informou hoje que, dos 45 funcionários daquela estrutura, 16 não estão a trabalhar no âmbito da greve que decorre desde segunda-feira, mantendo-se portanto os números "idênticos aos anteriores".

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"Dos 45 trabalhadores do CARAM, 16 fizeram greve, correspondendo a 35% dos efectivos, 16 compareceram ao serviço e 13 encontram-se de férias ou de baixa médica", lê-se numa nota assinada pelo responsável do centro, Duarte Sol.

Na mesma nota, o conselho de Administração do CARAM revela ainda que foram entregues a totalidade das 60 carcaças abatidas, na segunda e terça-feira, "evitando que as mesmas fossem desperdiçadas e tivessem de ser depositadas em aterro, com um prejuízo de várias dezenas ou até centenas de milhares de euros, não só para os produtores pecuários, mas também para os operadores económicos, que não conseguiriam de outra forma corresponder às expectativas e necessidades do mercado regional e do consumidor final".

A paralisação convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas prolonga-se até 22 de Agosto, estando em causa reivindicações relacionadas com atualização salarial, a alteração do subsídio de risco na ordem de 20% para todos os trabalhadores, o aumento do subsídio de refeição para 10,50 euros e o pagamento de um subsídio de risco.

Após a convocação desta greve, o Governo Regional decretou a obrigação de serviços mínimos, num despacho conjunto das secretarias regionais da Agricultura e Pescas e da Inclusão, Trabalho e Juventude, visto que esta situação poderia afectar a realização dos arraiais e das "tradições gastronómicas associadas" em festas populares que se realizam nesta altura do ano, nomeadamente na comercialização da tradicional espetada.

O sindicato interpôs uma providência cautelar, que foi admitida, segundo o despacho do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, o que implica a suspensão da medida "com efeitos imediatos".

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