O Governo espanhol retirou de Israel 199 pessoas de várias nacionalidades, incluindo portugueses, através da Jordânia, e outras 40 do Irão, disse, esta sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha.

As 199 pessoas retiradas de Israel viajaram esta sexta-feira em cinco autocarros desde Telavive e de Jerusalém até à Jordânia, a partir de onde vão ser levadas para a base aérea de Torrejón de Ardoz, na zona de Madrid, num voo das Forças Armadas espanholas.

Neste grupo de 199 pessoas, que quiseram sair de Israel por causa da escalada de tensão entre este país e o Irão, há 176 espanhóis e 23 de outras nacionalidades (Canadá, Chile, Croácia, Estados Unidos, Finlândia, França, Hungria, Irlanda, Israel, Nicarágua e Portugal), segundo fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha, que não deram mais detalhes.

Por outro lado, o Governo espanhol retirou também um grupo de 40 pessoas do Irão, na quinta-feira, todas de nacionalidade espanhola, que saíram do país por via terrestre, cruzando a fronteira com a Arménia, disse o mesmo ministério.

A escalada de tensão entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Avião da TAP transportou 69 pessoas

Na quinta-feira, um avião da TAP aterrou no aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa, com 69 pessoas a bordo, incluindo 48 portugueses, vindas de Israel, na sequência do conflito com o Irão.

Em declarações aos jornalistas, depois da chegada dos passageiros que pediram a Portugal o repatriamento, o secretário de Estado das Comunidades, Emídio Sousa, explicou que viajaram, no total, 69 pessoas - adultos e crianças. Destas, 48 eram cidadãos portugueses e os restantes 21 eram de outras nacionalidades - espanhola, alemã, israelita, checa, austríaca, búlgara, argentina e ucraniana.

"O número inicial eram 122, que tirámos de Israel e que depois a nossa Força Aérea fez o transporte do Egito para o Chipre e aí alguns foram para os respetivos países", acrescentou na mesma ocasião Emídio Sousa.

Com Lusa