As equipas de emergência estão a trabalhar para repor o fornecimento de energia e lidar com as consequências das numerosas inundações que destruíram casas, estradas e estabelecimentos comerciais em vários Estados.

"Estou profundamente triste com a perda de vidas e a devastação causada pelo furacão ‘Helene’", declarou o Presidente norte-americano, Joe Biden, acrescentando que "o caminho para a recuperação será longo".

O “Helene” tocou terra no noroeste da Florida na quinta-feira à noite, como furacão de categoria 4 numa escala de 5, com ventos de 225 quilómetros por hora, e passou por vários Estados do país, causando chuvas torrenciais antes de enfraquecer gradualmente e se transformar agora num ciclone pós-tropical.

"As condições continuarão a melhorar no sábado, depois das inundações catastróficas dos últimos dois dias", escreveu o Centro Nacional de Furacões (NHC).

Mas a tempestade deixou um rasto de vastas zonas destruídas por deslizamentos de terras e inundações intensas, até pontos tão distantes como Asheville, na Carolina do Norte.

"Trata-se de uma das piores tempestades da história moderna em algumas zonas do oeste da Carolina do Norte", declarou o governador do estado, Roy Cooper, numa conferência de imprensa na sexta-feira à noite.

As operações de salvamento prosseguem, informou o seu gabinete.

Mais de um milhão de habitações continuavam hoje à tarde sem eletricidade na Carolina do Sul, bem como 730.000 na Geórgia e várias centenas de milhares em diversos outros Estados, segundo o 'site' da Internet de monitorização poweroutage.us.

Depois de se ter formado no Golfo do México, o furacão “Helene” deslocou-se sobre águas particularmente quentes.

"É provável que essas águas muito quentes tenham desempenhado um papel na rápida intensificação do ‘Helene’", disse a climatologista Andra Garner, citada pela agência de notícias francesa AFP.

Segundo os cientistas, ao aquecerem as águas dos mares, as alterações climáticas aumentam a probabilidade de as tempestades se intensificarem rapidamente e elevam o risco de furacões mais fortes.

“Helene” foi a oitava tempestade com nome da temporada de furacões do Atlântico, que começou a 1 de junho. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica previu uma temporada acima da média este ano, devido às temperaturas recordes dos oceanos.