O socialista António Vitorino comenta os primeiros resultados, na SIC, começando por dizer que se trata de "uma alteração estrutural do sistema político”, em que não é líquido que PS e PSD tenham dois terços necessários para fazer, por exemplo, revisões constitucionais, e em que "não é sequer certo que a esquerda tenha um terço dos votos".

"A AD ganha, talvez não tanto como poderia esperar; o PS perde e o Chega é o maior ganhador desta noite. Mas depois precisamos de ver os detalhes: aparentemente AD e IL juntos não têm maioria absoluta, mas, juntos, têm mais do que a esquerda- e isso é substancialmente diferente do que tínhamos até aqui, e nesse sentido é uma derrota para toda a esquerda. Não está sequer garantido que a esquerda tenha um terço dos votos", nota.

Sobre a liderança de Pedro Nuno Santos no PS, António Vitorino diz que a política não é feita por robots, é por seres humanos, e a primeira resposta tem de vir do próprio, diz. “Não me vou antecipar”. “Isto é uma valsa em 3 tempos, e o primeiro tempo é o do secretário-geral”, limita-se a dizer.

Já em declarações à CNN Portugal, Sérgio Sousa Pinto considera que, a confirmarem-se as projeções eleitorais, trata-se de "um desastre de proporções históricas para o PS, que obrigará a tomar decisões rápidas".

O cronista do Expresso entende que "é difícil imaginar pior" e que "o partido vai ter que, com coragem e verdade, encarar as razões desta tragédia" porque "é o futuro do PS que está em causa. O PS tem de perceber: ou acaba com esta direção ou esta direção acaba com o partido". Sérgio Sousa Pinto é deputado do PS e decidiu, nestas eleições, recusar fazer parte da lista de candidatos a deputado de Pedro Nuno Santos.