Carlos Fernandes apontou que várias escolas da Região, como no concelho da Calheta, ‘renasceram’ com a chegada de alunos vindos da diáspora. O deputado à Assembleia Regional lembrou que muitas turmas ganharam alunos vindos da Venezuela, levando a que não houvesse necessidade de encerrar estabelecimentos de ensino por falta de alunos.

Está a decorrer na Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, na Ribeira Brava, a conferência ‘A Diáspora como Estratégia do Futuro’, inserida na Festa Luso-Venezuelana, que decorre na Ribeira Brava, desde hoje e até ao próximo domingo. A sessão está a ser moderada por Victor Hugo, jornalista coordenador das Comunidades do DIÁRIO.

“As escolas da Região perceberam que tinham de ir mais além”, aponta o parlamentar, exemplificando que foi necessário reforçar aulas da disciplina de Português Não Materno. Houve uma grande sensibilidade por parte das entidades escolares para apoiar esta integração.

Andy Pereira, estudante universitário, admitiu que esteve em Aveiro antes de vir para a Madeira e sentiu que na Região havia mais apoio, nomeadamente a nível do ensino do português.

A comunidade luso-venezuelana dá muita importância aos estudos universitários e muitos não têm condições para ingressar na universidade. Betania Costa usou o seu exemplo, dando conta de que muitos não sabiam das dificuldades nas remessas venezuelanas, que não permitiam usar o dinheiro para que fosse investido em áreas como a da Educação.

Para a psicóloga, a resiliência é uma das grandes características dos venezuelanos. No fundo, uma questão cultural que os leva, por exemplo, a estar empenhados no direito de voto.