
O Presidente norte-americano, Donald Trump, sugeriu, esta quinta-feira, que a Ucrânia deve "jogar ao ataque" para ter alguma hipótese de vencer a Rússia, em contraste com a posição diplomática anteriormente defendida, fundamentada num encontro entre os líderes ucraniano e russo.
"É muito difícil, se não impossível, ganhar uma guerra sem atacar um país invasor", declarou Trump, que na sua rede social, Truth Social, comparou o contexto militar da Ucrânia a "uma grande equipa que tem uma defesa fantástica, mas que não é autorizada a jogar ao ataque".
"Não tem hipótese de ganhar!", sentenciou.
O Presidente dos Estados Unidos sublinhou que o seu antecessor, o "corrupto e incompetente" Joe Biden, "não permitiu que a Ucrânia respondesse" aos ataques russos e insistiu na tese de que, se ele estivesse na Casa Branca, "esta guerra nunca teria acontecido".
Argumentando que tal representaria uma escalada do conflito, durante quase três anos o Governo Biden não permitiu a venda a Kiev de sistemas de maior alcance, que lhe permitissem atacar alvos dentro do território russo, decisão que alterou no final de 2024, ao permitir o fornecimento à Ucrânia de mísseis táticos ATACMS.
Desde julho deste ano, o Governo Trump aprovou a venda de armas consideradas ofensivas a países membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) para que as transferissem para a Ucrânia.
Avizinham-se "tempos interessantes"
O magnata nova-iorquino vaticinou ainda que se avizinham "tempos interessantes", embora não tenha feito qualquer referência às últimas reuniões que manteve com os homólogos russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, nem aos supostos esforços em curso para concretizar uma reunião a três.