
Os Silence 4 regressam a palco em casa, em Leiria, com três espetáculos consecutivos no Teatro José Lúcio da Silva, que tem os cerca de 700 lugares há muito esgotados para os dias 12, 13 e 14 de junho.
Depois, no final do ano, a banda atua no Porto, no Pavilhão Rosa Mota, nos dias 13, 14, 15 e 16 de novembro - as três primeiras datas já esgotadas - e também em Lisboa, no MEO Arena, nos dias 12 e 13 de dezembro, esta última também já lotada.
Desde janeiro que o quarteto ensaia em Leiria, preparando a digressão que tem para já dois momentos extra anunciados: nos Açores, no Festival Monte Verde, que se realiza na Ribeira Grande, entre 07 e 09 de agosto; e em Albufeira, no distrito de Faro, no Albufeira Carpe Nox, no dia 31 de dezembro.
"Tem corrido muito bem. É um processo que tem sido longo, porque temos vindo a passo e a passo, a reencontrar o nosso som. Agora estamos prontíssimos para estes concertos. Até vou mais longe: acho que nunca tocámos tão bem como estamos a tocar agora", contou David Fonseca à agência Lusa.
Passados 30 anos desde a criação da banda e 11 sobre o último reencontro, hoje "há uma responsabilidade maior, uma experiência maior e uma vontade de querer fazer o melhor possível".
Nos ensaios, David Fonseca (voz e guitarra), Tozé Pedrosa (bateria), Sofia Lisboa (voz) e Rui Costa (guitarra e baixo) procuraram "tentar perceber outra vez a energia" que os uniu há três décadas e sentir "se ainda estava tudo lá".
"A única diferença entre os Silence 4 de 98 [1998, quando saiu o primeiro disco, 'Silence becomes it'] e os de agora, é que nós estamos muito mais bonitos [risos]", brincou o músico, sublinhando que a "química" se mantém, aperfeiçoada pela experiência acumulada.
No início, "éramos uns miúdos adolescentes, praticamente", enquanto, agora, "somos todos adultos" e "temos todos mais 'ferramentas' para fazer melhor aquilo que queremos fazer nestes concertos".
"Agora funcionamos melhor do ponto de vista técnico", reforçou David Fonseca, considerando que a maturidade faz com que tudo seja "mais simples do que era na altura, até".
Os ensaios comprovaram também que o espírito entre o quarteto permanece: "Parecemos um bocadinho adolescentes outra vez [risos]. É como velhos amigos: quando nos juntamos, dizemos todos os mesmos disparates do costume".
Artisticamente, os Silence 4 continuam preocupados "sobretudo com o significado e a força musical" do que fazem, porque "quanto mais isso estiver em ebulição lá dentro, mais vem cá para fora".
A dias do regresso ao vivo, a banda assume "alguns nervos": por um lado, não tocam juntos desde 2014; por outro, estão impressionados com a reação do público, que esgotou sete das nove datas principais anunciadas.
"Nem dá para acreditar que [a banda] continua a ter um significado enorme para as pessoas. Temos um MEO Arena lotado, temos uma segunda data no MEO Arena, temos uma quarta data no Super Bock [Pavilhão Rosa Mota, no Porto]... É quase uma prenda gigantesca que, após estes anos todos, nós estejamos aqui juntos a tocar estas canções e que as pessoas as queiram ouvir".
Também por isso, o alinhamento da digressão será focado nos temas que mais marcaram os fãs: os do disco "Silence becomes it" que, com canções como "Borrow", "A little respect" (versão acústica de um original dos Erasure) e "My friends", foi dos mais bem sucedidos em Portugal, ultrapassando as 240 mil cópias vendidas.
"Vai haver umas surpresas no meio, umas coisas diferentes, mas esse primeiro disco vai brilhar de maneira muito forte neste concerto", concluiu David Fonseca, que antevê "reencontros extremamente emotivos", seja para a banda, "seja para o público".
MLE // MAG
Lusa/fim