O Aga Khan, que morreu na terça-feira aos 88 anos, terá uma cerimónia de acordo com as tradições ismaelitas, como a dos demais crentes, simples e centrada em orações que são, em grande parte, recitações de versículos do Corão.

Além da família, o evento é aberto apenas a convidados, que podem apresentar condolências aos familiares e desfilar junto à urna numa última apresentação de cumprimentos.

São esperadas centenas de pessoas, entre as quais líderes da comunidade ismaelita espalhada pelo mundo e da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento, assim como representantes das autoridades portuguesas e dignitários estrangeiros.

O Presidente da República disse na quinta-feira que estaria presente na cerimónia do príncipe Karim, que recordou como "uma figura excecional" e "um grande líder espiritual" de uma comunidade com "milhões e milhões e milhões de seguidores" pelo mundo e "milhares em Portugal".

O 49.º imã hereditário dos muçulmanos ismaelitas, nasceu em 13 de dezembro de 1936 na Suíça, cresceu e estudou no Quénia e nos Estados Unidos, e tem ligações ao Canadá, Irão e França, além de Portugal.

Escolheu Lisboa para sede mundial da comunidade ismaelita, a "Imamat Ismaili", tornando-a uma referência para os cerca de 15 milhões de muçulmanos da minoria xiita, perto de 10 mil dos quais vivem em Portugal.

Como sucessor escolheu o seu filho mais velho, o príncipe Rahim, agora Aga Khan V.

No domingo realiza-se o funeral, com uma cerimónia fúnebre privada durante a qual Aga Khan IV será sepultado em Assuão, no Egito, local onde se encontra o mausoléu do seu antecessor e avô, Maomé Aga Khan III.

PAL (IEL) // JMR

Lusa/fim