
O valor mediano de avaliação bancária de habitação na RAM, realizada pelos bancos para a concessão de crédito imobiliário, teve em Maio um dos raros recuos mensais nos últimos 3/4 anos, mas mesmo assim continua em alta, uma vez que em relação ao mesmo mês de 2024 continua bastante acima, já nos 'dois dígitos'.
"De acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em Maio de 2025, o valor mediano de avaliação bancária de habitação na RAM situou-se nos 2.154 euros/m2, registando um decréscimo de 1,7% em relação ao mês precedente (ou seja, menos 37 euros)". Em relação ao mesmo mês do ano anterior, "observou-se uma subida de 16,6% (+307 euros)", refere a DREM. A Madeira foi a região que apresentou a maior quebra mensal, sendo que apenas outras duas regiões (Açores e Alentejo, com -0,1%) acompanham nessa quebra face a Abril, enquanto em relação a Maio de 2024, a Madeira teve a quarta maior subida, apenas ultrapassado por Lisboa, Setúbal e Algarve.
"Nos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária na RAM foi de 2.382 euros/m2, traduzindo uma variação de +0,9% comparativamente a Abril de 2025 e de +23,7% face ao mês homólogo", registando a maior evolução das regiões portuguesas. "Nas moradias, este indicador situou-se nos 1.901 euros/m2, valor inferior em 2,4% ao observado no mês anterior e +10,1% acima do registado no mesmo mês do ano passado".
Diz a Direção Regional de Estatística que "a nível municipal, é de referir que o valor mediano de avaliação bancária no Funchal, em Maio de 2025, se fixou nos 2.523 euros/m2, +0,6% em relação ao mês precedente e +19,6% em comparação com Maio de 2024". E, para além do Funchal, "também ultrapassaram o número mínimo de observações registadas (33) os municípios de Câmara de Lobos e de Santa Cruz, cujos valores de avaliação bancária atingiram os 2.195 euros/m2 e os 2.064 euros/m2, respetivamente. Câmara de Lobos observou um acréscimo de 6,5% face ao mês anterior e de 26,6% em relação ao mês homólogo, enquanto Santa Cruz registou uma variação mensal de -1,3% e homóloga de +17,9%".

Refira-se que "o valor mediano de avaliação bancária no País fixou-se nos 1.886 euros/m2, mais 20 euros que no mês anterior (+1,1%)", enquanto que "a variação homóloga foi de +17,1% (+276 euros)".
Por isso, acresce esta nota de realce: "No contexto das 9 regiões NUTS II do país, os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2.841 euros/m2), no Algarve (2.561 euros/m2) e na Península de Setúbal (2.222 euros/m2), surgindo, na posição seguinte, a RAM (2.154 euros/m2). Face ao período homólogo, a Península da Setúbal (+21,1%) registou a maior variação positiva, enquanto no Alentejo (+9,8%) verificou-se a menor. Comparativamente ao mês anterior, o Algarve (+3,1%) liderou as subidas, surgindo, no polo oposto, a RAM (-1,7%)."
Quebra relevante no número de avaliações
Conclui a DREM que "para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária, de Maio de 2025, foram consideradas 636 avaliações, -9,1% que no mesmo período do ano precedente. Destas, 308 foram de apartamentos e 328 de moradias. Em comparação com o mês anterior, realizaram-se mais 30 avaliações, o que corresponde a um acréscimo de 5,0%", refere, sendo que em sentido contrário, "a nível nacional, a variação homóloga do número de avaliações bancárias foi de +7,5%, enquanto a variação em cadeia se fixou em -1,4%".