O secretário da Defesa norte-americano classificou hoje como "histórico" o acordo selado na cimeira de líderes da NATO para aumentar os gastos com Defesa e atingir, no prazo de uma década, 5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Pete Hegseth afirmou tratar-se de uma "enorme conquista", que atribuiu ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que compromete todos os Estados-membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).

"Os 32 países da NATO comprometeram-se a gastar 5% do PIB em Defesa", enfatizou numa conferência de imprensa, para falar, em princípio, sobre os efeitos dos bombardeamentos lançados pelas forças norte-americanas sobre o Irão no domingo passado.

O acordo assinado na quarta-feira pelos Estados-membros da Aliança Atlântica é, segundo Hegseth, um acordo que levará os países europeus a assumir "a sua parte de responsabilidade" em matéria de investimento militar, depois de Trump ter defendido um aumento dos gastos com a Defesa já no seu primeiro mandato presidencial (2017-2021) e ter, no segundo, iniciado em janeiro deste ano, "acelerado" os seus apelos.

"O Presidente Trump conseguiu", sublinhou.

O líder do Pentágono (Departamento de Defesa) argumentou que, à porta fechada, outros líderes políticos chegaram a dizer à delegação norte-americana que, sem Trump na Casa Branca, este tipo de compromisso "nunca teria ocorrido", uma vez que "parecia impossível" nos últimos anos.

Hegseth não especificou que países se terão mostrado especialmente gratos, nem fez alusão às reticências de Espanha, país que Trump ameaçou na conferência de imprensa final conjunta com tarifas aduaneiras para o "fazer pagar" a sua discordância em relação à nova meta de gastos.