
"O número de vítimas do atentado terrorista contra a igreja de Santo Elias, no bairro de Dwelaa, em Damasco, aumentou para 20 mortos e 52 feridos", indicou o Ministério da Saúde sírio, em comunicado publicado pela agência de notícias estatal Sana.
Num anterior balanço, o Ministério da Defesa sírio apontava para, pelo menos, 15 mortos.
Trata-se do primeiro atentado deste tipo na capital da Síria desde que uma coligação liderada pelo grupo radical islâmico sunita Hayat Tahrir al-Sham (HTS) derrubou o regime do antigo presidente Bashar al-Assad, em 08 de dezembro. Desde então, a segurança continua a ser um dos maiores desafios para as novas autoridades sírias.
"Um bombista suicida afiliado ao grupo terrorista Daesh [acrónimo árabe do Estado Islâmico] entrou na igreja de Santo Elias, abriu fogo e fez-se explodir com um cinto de explosivos", indicou o ministério em comunicado, citado pela agência France-Presse (AFP).
Um homem no exterior da igreja disse à AFP que "alguém entrou com uma arma" e abriu fogo, acrescentando que as pessoas "tentaram impedi-lo antes de se fazer explodir".
Um homem de 40 anos chamado Ziad, que estava numa loja em frente à igreja, disse ter ouvido tiros e depois uma explosão.
"Vimos fogo na igreja e pedaços de bancos de madeira a serem atirados para a entrada", acrescentou.
França já condenou o ataque, classificando-o como um "desprezível atentado terrorista" e reiterou "o seu empenhamento numa transição na Síria que permita aos homens e mulheres sírios, independentemente da sua fé, viver em paz e segurança numa Síria livre, unida, plural, próspera, estável e soberana", segundo um comunicado do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
Também o enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria manifestou-se "indignado" com o ataque, apelando a uma investigação exaustiva por parte das autoridades sírias, que apontam o dedo ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico.
Geir Pedersen "condena da forma mais veemente possível o ataque terrorista contra a Igreja de Santo Elias" e "expressa a sua indignação perante este crime hediondo", segundo um comunicado, citado pelas agências internacionais.
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