
A Companhia Ballet Júnior da Madeira proporcionou, esta tarde, no Centro de Congressos da Madeira (ex-Casino), um espectáculo de dança contemporânea, com a direcção artística e executiva de Vanessa Henriques, que ficou marcado originalidade, sensibilidade e força. Foi um convite à reflexão, numa viagem interior que nos interpela enquanto seres humanos.
A primeira parte, Restlessness of Being, coreografada por Francisco Patrício, mergulhou nas exigências do quotidiano moderno e nas marcas invisíveis que o ritmo vertiginoso nos deixa. Com uma criação musical original de George Baldovin, esta peça é um grito silencioso sobre a urgência de reencontrarmos o nosso equilíbrio. Seguiu-se Tic-Tac, de Catarina Casqueiro, uma criação coreográfica que transporta o público para um tempo suspenso, onde o corpo escuta e interpreta os silêncios do tempo. A riqueza musical, com nomes como Murcof, DJRUM e Donato Dozzy, criou um ambiente hipnótico que desafiou o espectador a sentir o tempo de forma visceral. Tratou-se de uma celebração do talento jovem e da expressão artística enquanto ferramenta de transformação pessoal e social.
O espectáculo foi organizado pelo DIÁRIO, a Delta Som e o Grupo Pestana.