
A área ardida entre 1 de janeiro e esta quinta-feira em Portugal é nove vezes maior do que na mesma altura do ano passado, altura em que se registavam perto de oito mil hectares ardidos.
De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), os incêndios em Portugal já queimaram um total de 74.932 hectares resultantes de 5.996 ocorrências. Esta dimensão de área ardida é duas vezes superior à média da última década (2015-2024), segundo o relatório provisório do ICNF até 31 de julho.
Destes quase 75 mil hectares ardidos, 40% é floresta, 50% mato e 10% desta área é agricultura. Ao olharmos para a área ardida desta quarta-feira constatamos que em 24 horas arderam 11 mil hectares.
Área ardida duplicou em duas semanas
Nos últimos 15 dias, a área ardida mais do que duplicou, registando-se a 31 de julho um total de 33.224 hectares consumidos e esta quinta-feira perto de 75 mil hectares 'engolidos' pelo fogo. Este é um dos três piores anos desde os grandes incêndios de 2017, inclusive.
Se analisarmos os dados do ICNF, verificamos que até 31 de julho os piores anos eram 2017 com 146.508 hectares ardidos, 2022 com 61.745 hectares consumidos e, por fim, 2025 com 33.224 hectares ardidos.
Olhando para os dados até 15 de agosto, que constam no 4.º relatório provisório do ICNF, 2017 registava 201.876 hectares ardidos, seguidos de 2022 com 91.730 hectares e, a um dia de 15 de agosto de 2025, contamos já com perto de 75 mil hectares ardidos.
Portugal é o terceiro país da UE com mais área ardida
As estimativas divulgadas esta quinta-feira pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que se baseia em imagens de satélite do programa Europeu Copernicus, dão também conta que Portugal é o terceiro país da União Europeia com mais área ardida este ano, depois de Espanha (148.205) e da Roménia (123.816).
Com Lusa