O candidato presidencial António José Seguro defendeu que os incêndios não podem ser "o novo normal" e que o país deve ter uma "conversa séria" sobre o assunto em outubro ou novembro.

"O país tem de ter uma conversa séria sobre como prevenir os incêndios e um ataque mais eficaz logo no início", disse António José Seguro, em declarações aos jornalistas à entrada do Festival Paredes de Coura, no distrito de Viana do Castelo, onde apresentou a maratonista Manuela Machado como sua mandatária pelo distrito de Viana do Castelo.

Seguro frisou que, "em tempo de combate, não se limpam armas", sendo necessário "ajudar as famílias, a proteção civil, os autarcas, para enfrentar a situação" em curso.

"Tem de haver um pacto entre gerações. Isto não pode ser o novo normal no nosso país. Em outubro, novembro, quando passar este flagelo, temos de ter uma conversa séria no país", sublinhou.

Da Lei da Nacionalidade às polémicas no SNS

Questionado sobre a lei da nacionalidade, Seguro começou por frisar que um Presidente da República se pronuncia sobre decretos, afirmando não ser "comentador ambulante que a cada momento tem de expressar uma opinião".

"Vamos esperar com serenidade que o parlamento olhe para as normas constitucionais, que elabore um novo documento. Espero que seja um novo diploma com um envolvimento de todas as partes interessadas, e que respeite os nossos valores civilizacionais e constitucionais. No final pronuncio-me", observou.

Sobre os "casos que se vão sucedendo" de problemas com grávidas no acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), o candidato disse esperar que, "no futuro", sejam "encontradas soluções para evitar" os problemas.

"Não saber a porta do SNS que está a aberta e disponível para receber uma mulher que quer dar à luz é inaceitável", vincou, numa altura em que a ministra da Saúde solicitou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde a abertura de um processo de inquérito a um parto ocorrido na via pública.