
O presidente de Angola, João Lourenço, pronunciou-se esta sexta-feira, 1 de agosto, sobre os graves incidentes que marcaram a recente greve dos taxistas no país, com especial impacto na capital, Luanda, e que rapidamente se alastraram a outras províncias como Malange e Huambo.
O protesto, que inicialmente visava reivindicações laborais do setor dos transportes, degenerou em atos de violência, pilhagens e destruição, resultando em várias vítimas mortais, feridos e perdas materiais avultadas. A instabilidade social gerou alarme nacional e internacional, colocando pressão sobre o executivo angolano.
João Lourenço apontou o dedo a “inimigos internos e externos”, que, segundo o chefe de Estado, terão usado as redes sociais como arma para instigar a desordem. Sublinhou que tais ações configuram crimes graves contra o Estado e assegurou que “quem os orquestrou saiu derrotado”.
Em resposta à destruição causada, Lourenço garantiu que o governo vai avançar com medidas de mitigação a partir de segunda-feira, 4 de agosto, focadas em apoiar os comerciantes afetados, travar o aumento do desemprego e restaurar a ordem pública. Na sua comunicação, o presidente endereçou ainda votos de pesar às famílias das vítimas, apelando à união e à reconstrução social.
Apesar de não ter sido anunciado o detalhe das medidas, a reação do governo chega após uma semana marcada por forte tensão nas ruas, com consequências humanas e económicas que continuam a ser apuradas pelas autoridades.