A líder da Iniciativa Liberal (IL), Mariana Leitão, disse hoje em Mafra que a situação de alerta por causa dos incêndios "vem tarde" e já devia ter sido declarada há mais tempo.

"Quando temos o país já na situação em que está há mais de uma semana, parece que vem tarde", afirmou Mariana Leitão aos jornalistas, à margem da apresentação dos cabeças de lista autárquicos em Mafra, entre eles Diogo Matias que concorre à presidência da câmara.

A líder da IL avisou que "o problema tem uma extensão grande que, se não se fizer nada para resolver, vai continuar ano após ano", incitando o Governo a tomar medidas para que os problemas não se repitam.

"No ano passado, tivemos uma situação semelhante e o máximo que conseguimos ver a ser feito foi a criação de uma comissão na Assembleia da República para ainda ir estudar o assunto", criticou.

Para a IL, "não precisamos de mais estudos, nós precisamos de ação concreta e que tenha resultados concretos para garantir a salvaguarda das pessoas, dos meios das pessoas e que os bombeiros também tenham as condições necessárias para, quando há um incêndio, conseguirem atacá-lo rapidamente, de forma coordenada, organizada".

A líder liberal considerou que "há problemas que continuam sem ser atacados, desde logo a falta de planeamento, de coordenação e de prevenção".

"Há vários problemas de operacionalidade do comando central com as equipas que estão no terreno. As ordens não podem ser dadas de forma centralizada por pessoas não fazem a ideia do terreno, das condições que lá existem", exemplificou.

Segundo a IL, é preciso "planeamento eficaz" para determinar os meios humanos e móveis, tanto terrestres e aéreos, necessários para depois "atacar os problemas".

Portugal continental vai entrar, a partir de domingo e até quinta-feira, em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio nos próximos dias, anunciou hoje a ministra da Administração Interna.