
A SOMINCOR – Sociedade Mineira de Neves-Corvo vai substituir cerca de 17 hectares de azinheiras por painéis solares.
Segundo despacho, patente em Diário da República, a entidade foi autorizada a fazê-lo, pelo que vai abater 289 árvores, das quais 210 adultas e 79 jovens, em povoamento, no concelho de Castro Verde.
O despacho sustenta a medida, para «autoconsumo», com o aumento dos «custos de exploração» da mina ali presente, pelo que «a sustentabilidade do negócio na região e no país depende diretamente da capacidade da SOMINCOR de manter estes custos o mais eficientes possível».
Segundo o documento, a solução de executar a central mais distanciada do local de consumo não foi considerada, por um lado pela «perda do efeito da diluição do impacto visual da UPAC, fruto da proximidade à mina/instalações industriais» e por outro lado «pelas perdas elétricas no transporte da energia, e ainda, pelo facto da necessidade de construção de uma linha elétrica aérea, cuja implantação teria elevados impactes ambientais (e visuais)».
Pode ler-se ainda que a Direção-Geral de Energia e Geologia declarou que o projeto não é suscetível de «provocar impactes negativos no ambiente», pelo que «não tem enquadramento em nenhuma das tipologias de projetos constantes nos anexos i e ii do RJAIA, não estando sujeito a procedimento de AIA».
Como medida compensatória, a SOMINCOR apresentou um projeto de arborização de 22,55 hectares de azinho na Quinta dos Borges, propriedade da empresa no concelho de Almodôvar, o que representará um total de 10 757 azinheiras.