
Durante uma visita à Feira de São Mateus, em Viseu, Luís Marques Mendes defendeu que Portugal só terá um pacto florestal útil se houver uma avaliação séria sobre o que falhou neste verão e sobre o cumprimento das medidas criadas após os incêndios de 2017.
O candidato presidencial considerou positivas as medidas anunciadas pelo Governo, incluindo o plano de intervenção florestal 2025–2050, mas avisou que sem escrutínio e sem memória o país continuará vulnerável às chamas.
“É preciso perceber o que correu mal nesta época de fogos e analisar se as medidas de 2017 foram eficazes”, afirmou. Marques Mendes foi mais longe na ironia: “em matéria de incêndios, parece que São Pedro manda mais do que as reformas da floresta”, sublinhando que a prevenção continua a ser a grande falha.
Ainda assim, frisou que este é o tempo de apoiar bombeiros, populações e autarcas, mas lembrou que “todos prometeram que seria diferente de 2017, e a perceção é que pouco mudou”.
O candidato presidencial alertou também para os riscos da burocracia travar a aplicação dos apoios, apelando a que o Governo seja rápido e eficaz na execução das medidas.