
As comemorações, realizadas a 22 de agosto, reuniram investigadores, autarcas e entidades parceiras em diferentes pontos da reserva — do Monte do Outeirão ao Salgueiral da Galiza e ao Monte do Paio — sublinhando o papel da Comissão de Cogestão na articulação entre conservação da natureza e atividades humanas como a pesca ou o turismo.
O vice-presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Albano Pereira, que preside atualmente à comissão, enalteceu a cooperação entre instituições e apelou à união para o território ser “mais respeitado por todos”. Também representantes da Universidade de Évora, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e da Entidade Regional de Turismo reforçaram a ideia de que a reserva é um ativo estratégico para o concelho e para o país.
Durante o encontro foi lembrada a riqueza do ecossistema local: 241 espécies de aves, 54 de peixes, 29 de mamíferos e mais de 500 espécies de plantas. A lagoa de Santo André destaca-se como corredor migratório crucial, enquanto a flora inclui espécies únicas em Portugal, como a Armeria rouyana.
O programa comemorativo incluiu atividades científicas e pedagógicas — desde a anilhagem de aves à devolução à natureza de animais recuperados, passando por jogos educativos para crianças e uma aula de yoga no “fundo do mar”. O bolo de aniversário ficou a cargo da Associação de Moradores da Zona de Brescos.
Com 25 anos de história, a Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha afirma-se como um exemplo de gestão partilhada entre entidades públicas, investigadores, associações e população local, numa estratégia que alia proteção ambiental e desenvolvimento sustentável.