
Em breve deverá ser assinado o contrato promessa de compra e venda do colégio pela ULSAALE à Diocese, no valor de 2,5 milhões de euros. E mesmo que não avance já dinheiro a título de sinal, a ULSAALE espera concretizar a aquisição até ao final do ano, se bem que até agora «não haja nada formalizado», adianta o presidente do Conselho de Administração da ULSAA, Miguel Lopes, que reconhece que «a Diocese já teve outras ofertas mas manteve o compromisso», até porque deseja manter o edifício ao serviço do público e não compactuar com especulação imobiliária.
Em conversa com o nosso jornal, Miguel Lopes informa que já foi enviada a proposta de contrato para a Diocese e «aguardamos a marcação da assinatura».
O mesmo responsável aponta que «em Orçamento do Estado está prevista a ampliação do Hospital», tal como o nosso jornal noticiou, e agora «temos de avançar com a escritura e também com a formalização do projecto», sublinhando a vontade de proceder à aquisição ainda «este ano, à feitura do projecto e abertura de concurso» por forma a realizar «a empreitada entre 2026 e 2029», declara Miguel Lopes.
Investimento global de 40 milhões de euros
O que está previsto neste momento é que o edifício do Hospital fique totalmente afecto a agudos, levando todos os serviços auxiliares para o edifício do Colégio, bem como a unidade de serviços ambulatórios, exames e tele-saúde.
Assim, o colégio deverá ficar com uma ala administrativa, uma ala de ambulatório e ainda o armazém que actualmente ainda se mantém na zona industrial.
Assim sendo, também a Unidade de saúde Pública existente na Av do Brasil transita para a antiga Residência, defronte do edifício hospitalar, tal como o Laboratório que ainda se mantém no antigo Sanatório.
Naturalmente que o Centro de saúde, construído nos antigos armazéns/ oficinas dos Serviços Florestais, junto ao Sanatório, transitará também para o edifício do Colégio, e todo o espaço e serviços agregados formarão um verdadeiro Campus da Saúde.
Hospital ganha espaço
Com a saída dos serviços administrativos do edifício hospitalar, o que inclui a ala da Administração, sala de conferências e outros, tal permitirá expandir as urgências, a imagiologia, etc., e até fazer um pequeno núcleo museológico hospitalar, adianta o presidente do Conselho de Administração.
Devolver o parque do Sanatório à cidade
«O espaço do Sanatório tem de ser devolvido à cidade», assume o presidente da ULSAALE, espaço esse que não era da Unidade Local de Saúde mas que já se encontra em processo de registo em seu nome, sendo que posteriormente o objectivo será «alienar este bem», até por forma a ajudar a amortizar o grande investimento no Campus Hospitalar, realça Miguel Lopes.
17 milhões para modernização
Para efeitos de modernização de todo o parque hospitalar há uma candidatura ao PRR de 17,1 milhões de euros, dos quais 15,2 são para equipamentos.
Para infraestruturas hospitalares são 1,9 milhões de euros destinados a substituir telhas de fibrocimento que ainda se mantêm no edifício do hospital.
Também será requalificado o parque de estacionamento bem como a entrada, e todo o hospital será pintado.
Também o espaço do Serviço de Análises será requalificado e será adquirido um novo gerador para o Hospital, tal como será construído um novo ramal de abastecimento de água.