
Hoje, 19 de agosto, celebra-se o Dia Mundial da Fotografia. Como jornalista, fotojornalista e repórter, trabalho diariamente com a fotografia e é uma das vertentes mais importantes do jornalismo. O velho mote “uma imagem vale mais que mil palavras” é exatamente o que queremos transmitir quando ilustramos uma notícia com uma imagem ou com uma fotogaleria.
Uma estória pode ser muito bem contada em 10, 100 ou 1000 mil palavras, mas é na imagem que se captura o cru do momento. Por mais descritivas que as palavras possam ser é a imagem que transporta os nossos leitores para o centro da ação. É nas fotografias que os nossos leitores encontram as emoções que se vivem durante uma reportagem.
A fotografia é uma parte crucial do trabalho de um jornalista e desempenham uma função muito importante na missão diária que desempenhamos – a de trazer a verdade crua e nua aos nossos leitores.
Muitas vezes o jornalista que está num local de reportagem faz das tripas coração para conseguir captar aquela imagem, a que sabe que vai ilustrar da melhor forma a estória que vai contar, que vai estar na capa. Isso é trabalho, é esforço, é dedicação.
Esta pequena introdução serve para chegar a um ponto muito específico, que é cada vez menos respeitado – Os direitos de autor. Não são raras as vezes que, pessoalmente falando, vejo imagens, da minha autoria, espalhadas por páginas de facebook de pseudo-jornais e jornalistas. E incomoda-me. Porque não custa absolutamente nada deixar uma pequena frase a dizer o seguinte “foto por:” e citar o autor da fotografia, como manda a deontologia. Se já ilustrei notícias ou reportagens com fotos que não são da minha autoria? Claro que sim. E está tudo bem. Mas faço questão de identificar o autor da imagem. Chama-se honestidade.
Não custa absolutamente legendar a fotografia e dar créditos ao autor. Não façam do trabalho dos outros o vosso, quando toda a gente sabe que não o é.